Com a saída de Shards of Alara, vieram novos planeswalkers! Eu, pessoalmente sou fã deste tipo de carta, pois, no geral, são todos muito poderosos! Se não sabem o que um planeswalker é, recomendo-vos www.magictuga.com/topico.asp?topico=43412 (este topico), pois já tenho visto coisas que me deixaram traumatizado feitas por pessoas que não sabiam as regras destes, nomeadamente dizer que os planeswalkers são barreiras 0/X, em que x é a sua lealdade, ou que «supostamente» se pode obter mana infinita jogando a 1º habilidade do Garruk Wildspeaker, pois achavam que esta se podia jogar as vezes que quisessem por turno:s.
Mas hoje o tema é outro. Vou falar sobre o impacto que os planeswalkers de Alara poderão ter no metagame de vários formatos. Esses planeswalkers são:
Ajani Vengeant é um planeswalker que controla as magias branca e vermelha. Seu novo foco é a magia da vingança: mágicas que punem os malfeitores e arrasam seus inimigos.
Ajani nasceu em Naya. Desde nascença que teve problema de integração no seu bando, pois era albino, o que era muito mal visto. Só o seu irmão Jazal, líder do bando, é que se importava com ele.
Uma tenebrosa noite, um misterioso acontecimento originou a morte de Jazal. Devido à emoção forte, a centelha dele activou-se (centelha, é algo que só 1 em cada milhão de seres nasce com; Se o portador da centelha sofre uma grande emoção, esta activa-se e ele torna-se num planeswalker, ou seja, ele pode atravessar planos), E a sua Ira transportou-o para Jund, onde encontrou Sarkhan Vol, que basicamente deu-lhe algumas respostas. Ajani assim torna-se em Ajani Vengeant, um planeswalker com uma enorme sede de vingança, que faz tudo para encontrar o assassino do seu irmão.
Numa fase mais tardia da sua vida, Ajani torna-se em Ajani Goldmane, em que já está mais velho, a sua sede de vingança diminuiu, mas ainda pecorre Naya em busca dos assassinos do seu irmão.
Se quiserem ver esta história de uma maneira divertida (banda desenhada), vão a estes três links:
Como foi a carta do pre-realease de Alara, uma grande percentagem dos fãs de magic tem uma cópia de Ajani Vengeant. Não posso dizer que ele seja dos piores planeswalkers. Confesso que a minha ideia inicial dele não fosse nada boa, mas com o tempo aprendi a dar o respeito que ele merece. Que é bastante. A primeira habilidade permite logo inutilizar o Demigod of Revenge ou outra criatura chata, assim como pode inutilizar um terreno de maneira a que o oponente não possa jogar uma futura ameaça no turno dele. Muito bom mesmo. Pode mudar os planos de jogo do oponente significativamente, atrasando-o um bocado. A segunda habilidade pode eliminar uma criatura ou reduzir os pontos de vida do oponente, enquanto aumenta os nossos. É brutal! Muito barata, é uma réplica da grande carta Lightning Helix, que foi um dos factores que fez a guilda de Boros tão popular em Ravnica. A última pode dar muito jeito no fragmento de Naya, mas é muito cara para chegar a ver jogo.
Vamos supor que no primeiro turno jogamos um Figure of Destiny, e no turno logo asseguir jogamos Bloom Tender. Desta feita, o Bloom Tender vai poder gerar ao 3º turno , o que é o mesmo que dizer que temos uma mana de todos os tipos de mana que o deck utiliza ao terceiro turno, apenas por virar uma criatura. Isto é suficiente para construir grande parte do nosso jogo, ou seja, podemos jogar criaturas como Woolly Thoctar ou Chameleon Colossus ao terceiro turno. E quando já tivermos criaturas suficientes para ganhar o jogo, usamos Realm Razer. O oponente fica sem possibilidades de responder e nós ainda temos o bloom a vomitar mana. Depois O Ajani pode tratar da criaturas que o adversário tiver em jogo.
Decidi que queria postar um deck apenas com cartas de Alara, para cada planeswalker, para mostrar o desempenho destes nos fragmentos a que pertencem. O resultado neste caso foi um deck cheio de criaturas gigantescas, que podem tirar grande partido com habilidades como a de Mosstodon, e que entram relativamente cedo com a ajuda de alguns geradores de mana.
Ajani vengeant vai ver muito jogo futuramente, e tenho um pressentimento que o preço dele vai subir de certeza. Como já disse, as primeiras duas habilidades são excelentes, para manter as criaturas do oponente inofensivas, o que o faz um planeswalker excelente para «controlar» as criaturas do oponente
Elspeth Tirel é uma planeswalker que controla a magia branca. Ela tem a poderosa magia da comunhão e da fortificação: mágicas que constroem poderosos exércitos, lhes dão força e os protegem contra danos.
Elspeth nasceu num plano de conflitos e de escuridão. Quando a sua centelha de planeswalker foi acesa, ela deixou o seu lar sem nunca mais olhar para trás. Ela vagou pelo multiverso em busca de um mundo no qual pudesse fazer parte, um mundo que tivesse o que faltava ao seu lar verdadeiro: paz, amor e espírito de comunidade. Ela encontrou todas essas qualidades em Bant.
Com suas excelentes qualidades de combate e devoção à nobreza, Elspeth tornou-se numa amazona campeã na nação de Bant chamada Valeron. Ela evita perguntas sobre as suas origens, feliz em dedicar sua vida ao seu lar adotivo. Ela tornou-se uma planeswalker com uma característica muito particular — não tem nenhuma vontade de vagar pelos planos novamente.
Elspeth, Knight-Errant Tem uma particularidade que a torna diferente de outros planeswalkers : Ela tem duas habilidades que aumentam os seus marcadores de Lealdade! E por sinal boas habilidades! A primeira põe um soldado em troca de mais um marcador de lealdade. Pode ser útil para bloquear uma criatura gigantesca, ou ainda melhor, impedir todo o dano se combate que os oponentes iriam causar com Knight-Captain of Eos. A segunda é ainda melhor, e interage extremamente bem com a habilidade de Exaltado de Bant. Cria-se uma criatura gigantesca com a acumulação das habilidades de exaltado, e depois elevamo-la aos céus com um fantástico bónus de +3/+3! Com cartas como Raquif of the Many, temos quase o jogo ganho. A última, tem uma boa sinergia com a primeira, e é quase vitória garantida com Empyrial Archangel. A partir do momento em que jogamos a última habilidade, já há pouco que o oponente possa fazer. Nessas alturas, mágicas como Wrath of Good podem ser particularmente devastadoras.
Decks em que está inserido
Para jogar com este tipo de planeswalker, temos aquelas criaturas pequeninas e irritantes. Sim, adivinhaste, os Kithkins
Fácil de jogar, tentar meter o maior número de criaturas possíveis e atacar. Pode ser muito vulnerável a mass removal, mas é aí que Elspeth, Knight-Errant pode entrar. Também é útil para projectar um grande ataque. Nada mais a acrescentar. Acho que todos estão familiarizados com este tipo de deck.
Outro deck em que a segunda habilidade de Elspeth, Knight-Errant pode brilhar. É um deck bastante agressivo, com criaturas rápidas como Shorecrasher Mimic, geradores de mana como Birds, e algumas criaturas com exaltado. Além disso, tem um grande leque de mágicas que permitem controlar o jogo. Isto é apenas uma lista das imensas listas que se podem fazer com este fragmento, mas é aquela em que Elspeth, Knight-Errant faz mais sentido. Bant em T2 será uma grande ameaça.
Um deck composto apenas com cartas de Alara, mas muito forte, que explora a fantástica mecânica de exaltado, que pode projectar criaturas gigantescas rapidamente.
É um planeswalker forte, mas ainda não viu muito jogo, espero que veja mais no futuro.
Sarkhan Vol é um planeswalker que controla as magias vermelha e verde. Sua especialidade é o xamanismo draconiano: mágicas que invocam dragões e incitam a ira e a paixão da raça dos dragões.
Sarkhan Vol vem de um plano em que líderes territoriais lutam entre si numa guerra brutal e interminável. Nesse plano, os dragões foram caçados até a sua extinção por desporto e glória. Sarkhan pertencia a um círculo xamânico que venerava os dragões como predadores supremos, a expressão mais pura do impulso ardente comum a todas as formas de vida.
Durante um profundo transe xamânico, Sarkhan teve uma visão de um antigo espírito de dragão, e foi durante este momento transcendental que a sua centelha de planeswalker se acendeu. Ao compreender que existiam outros planos além do seu, Sarkhan deu início a uma busca para compreender o espírito de dragão, e para encontrar um plano no qual pudesse olhar nos olhos de um dragão.
Após muitos anos de busca através dos planos, ele encontrou Jund, um mundo dominado por dragões, e então soube que havia encontrado seu prêmio. É aqui que Sarkhan procura um exemplar da raça dos dragões, a expressão máxima da perfeição predadora digna de sua adoração.
Breve análise
É uma carta bem balançada, todas as habilidades são excelentes. A primeira, é óptima, pois alem de permitir que o nosso ataque seja mais mortífero, ainda pode fazer com que qualquer criatura que tenhamos adicionado este turno faça parte do combate. Funciona bem com a segunda habilidade do Garruk. Estes planewalkers juntos, podem produzir uma besta 4/4 com ímpeto todos os turnos. A segunda permite que o oponente leve nas fuças com a sua própria criatura, e, se esta sobreviver, podemos sempre jogar uma criatura com devorar para assegurar que o oponente nunca mais veja a criatura roubada. Isto apenas por 2 marcadores. A última pode acabar o jogo, com 5 dragões que atacam por 20, e esta só pede 6 marcadores, portanto, tendo em conta que ele entra com 4, é fácil jogá-la.
Decks em que está inserido
Sarkhan Vol, vai vendo algum jogo, ainda que tímido, em todos os formatos.
Um zoo, fácil de compreender. O objectivo é simples, pôr o maior numero de criaturas em jogo e atacar, ou seja, abusar da primeira habilidade do Sarkhan, e depois acabar o jogo com dragões a voarem por cima das defesas do oponente.
Um bom deck, o objectivo é meter o maior numero de fichas, e dar-lhes um bom uso, seja este atacar, sacrificar para Nantuko Husk ou para virar com Furystoke Giant. Estas fichas geram-se com Sprouting Thrinax mais Bone Splinters, criando três fichas e destruindo uma criatura, o sempre bom Siege-Gang Commander e uma Bitterblossom Para irritar o oponente. Creio que é um deck competitivo e muito divertido.
Jund futoramente será um bom deck em bloco. Tem criaturas que crescem muito rapidamente. Tem outras que, alem de crecerem, ainda nos dão o fantástico beneficio de colocar um exercito de criaturas em jogo como Mycoloth, para alimentar o próximo. Sarkhan Vol Pode funcionar aqui muito bem, devido à interacção da sua 2º habilidade com devour, ou simplesmente fortalecendo ainda mais uma criatura que entrou neste turno, e dando-lhe ímpeto. No entanto, Jund tem uma fraqueza. Não é simpático quando sacrificamos todas as nossas criaturas para inchar uma, e depois aprece um Bant Charm ou um Oblivion ring, por isso devemos ser cuidadosos a jogar com o deck, e não sacrificar todas as nossas criaturas duma vez, ainda que seja apetitoso.
As verdades são para ser ditas, e Sarkhan Vol, o mais sobrevalorizado dos planeswalkers, omais caro de todos, é capaz de ser o que vê menos jogo.
Tezzeret é um planeswalker que controla a magia azul. Ele é especializado em invenções: mágicas que criam, manipulam e até mesmo dão a vida a artefatos.
Tezzeret era um talentoso artesão do fragmento de Alara chamado Esper. Como todos os esperianos, ele teve parte de seu corpo "aprimorada" pela liga mágica etherium (metal especial), parte de uma abrangente iniciativa planar para aperfeiçoar corpo e mente.
Tezzeret tornou-se um iniciado na seita de magos chamada Caçadores de Carmot com o propósito de ter acesso ao Códice do Etherium, um tomo secreto que a seita alega ter sob seu poder. Quando penetrou no santuário dos Caçadores, ele descobriu verdades que os outros não queriam que soubesse, e encontrou-se aprisionado numa conspiração muito maior que ele.
Breve analise
A primeira habilidade de Tezzeret pode ser muito útil, especialmente com artefactos que tenham habilidades activadas que impliquem virar. A segunda rebenta com tudo. Permite ir buscar um artefacto qualquer e pô-lo directamente em jogo! Isto pode ser facilmente abusado se os artefactos tiverem custo zero. E quando conseguirmos encher o nosso lado do campo com artefactos, basta usar a ultima habilidade do Tezzeret, que está muito baratinha, pois pode entrar no turno logo asseguir àquele em que Tezzeret foi jogado, para a vitória. O facto de Tezzeret precisar de artefactos para ser eficiente, faz com que não seja muito jogável em T2, mas muito jogado em outros formatos.
Este deck apresenta imensas cartas de controlo. Tem muitas mox e outros artefactos que geram mana por custos reduzidos ajudando a formar uma boa base de mana, que podem ser postos directamente em jogo com a Segunda habilidade de Tezzeret, e que também, uma vez em jogo, interagem bem com a 1º habilidade deste. Force of will e Mana Drain ajudam a abrandar o oponente, enquanto Fact or Fiction e Ancestral Recall aceleram o nosso jogo. Para acabar o jogo, podemos usar Tinker com Darksteel Colossus, ou, mais divertido, usar a ultima habilidade de Tezzeret.
Tentei fazer um deck que usasse artefactos potentíssimos para controlar o jogo como Scourglass e Ethersworn Canonist, para arruinar o jogo do oponente sem necessariamente atrasar o nosso, e depois usar cartas como Sharuum the Hegemon para devolver estes para jogo e repetir a dose, enquanto a ultima habilidade de Tezzeret não chegava para acabar o jogo. No entanto, havia tantas cartas boas e indespensáveis no deck, que me atrapalhei, e não fiquei muito contente com o resultado final. No entanto é um deck bom, E reparem que mal entra, Tezzeret só não pode pôr logo directamente em jogo 6, dos 29 artefactos do deck
Tezzeret pode não ser uma bomba no formato perferido de toda a gente, mas é bom em praticamente tudo o resto.
Mas agora eu pergunto, para quê jogar com um planeswalker, se se pode jogar com todos?
Aqui podem se ver todos os nove planeswalkers!
Há quem se aventure e jogue com todos (ou quase todos eles):
Fellowship of the Ring by Erik Ryding and Wilhelm Dubber
Este não é um mau deck. Usa muitos planeswlkers, o que é óptimo no late game, em que podemos desfrutar de imensas habilidades por turno. Pode fazer jogadas como ao segundo turno pôr Fertile Ground e ao terceiro jogar um Garruk, que a partir da primeira habilidade deste consegue gerar imensa mana, para pôr mais planeswalkers. Rings of Brighthearth pode copiar as habilidades mais perigosas. Mas no entanto, apesar de ter potencialidades, não arriscaria jogar com uma lista destas, pois considero que aja melhores decks.
gostei bastante do artigo, facil de se ler, nada cansativo, muito bom.
quanto ao assunto em si, acho que todos os planeswalkers por si só sao bombas ( ate a chandra, que todos dizem ser o pior planeswalker, estou com uma certa expectativa que futuramente exista jogo com ela), neste momento uso um deck de lifelink black\white e uso dois ajanis goldmage, bombam muito lá, mas claro que tambem temos garruks em decks de elfos( qe ate agora acho qe é a melhor prestaçao de um planeswalker num deck), e a elspeth em white winnies, etc, etc.
Concluindo acho que a wizards fez bem em lançar este tipo de carta para o jogo, veio dar uma frescura ao mesmo.
abraço
antoniolc
De: Almeirim 12/8/2008 1:49:03 PM
re
Bom artigo, é sempre intressante ver os focos em que os difrentes Planeswalker podem ser aplicados.
Gostei especialmente da parte dos difrentes decks em que estes podem ser inseridos, os baralhos que podemos construir à volta deles. De todos, o que mais gosto é Sarkhan Vol pelo facto que podemos tirar muito partido das suas habilidades roubando uma criatura ao adversario e ainda fazer-lhe Devour como referiste.
Só mesmo a imagem da Elspeth é que podia estar mais reduzida.