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Pedro Carvalho : Report PTQ San Juan em Almada - 5-8º
em 3/29/2010 4:00:00 AM

Esta semana vamos ter o report do deck Bolas Control ou Ultimecia.

Um deck recente que provou a sua boa forma ao conseguir dois top8 no último PTQ.

Vale a pena ler!>














REPORT PTQ SAN JUAN em almada – top8











Mais uma vez volto à escrita de artigos desta feita por uma boa razão, o top8 que fiz no último PTQ de Extended em Almada.









A época de extended começou oficialmente quando foi lançada a edição Zendikar.



Com a saída de uma nova edição, muito se especula em relação a novos decks, novas mecânicas, novos decks…mas na minha opinião há muito tempo que não se via uma edição que provoca-se tanto impacto nos vários formatos.



Eu estive afastado do Magic durante alguns meses e por mera ocasionalidade lá ia lendo uns artigos que se publicavam ou ia estando a par das últimas novidades conversando com outros amigos mágicos….enfim.

Informaram-me que iam haver novas fetchs, que na minha opinião podiam ter saído num bloco mais à frente apenas para observar a reacção dos formatos sem as mesmas e foram-me informando do ressurgimento do Dredge com as adições do caranguejo e do Bloodghast e dos novos combos Punishing Fire + Groove of The Burnwillows e Vampire Hexmage + DarkDepths.





Comecei a ganhar outra vez o gosto por jogar e comecei a preparar-me para a época de PTQ de Extended que aí vinha.













A minha análise ao metagame foi simples:





- Já que tinha vendido grande parte da colecção os meus decks tier 1 iram ser aqueles que tiver dinheiro para comprar vs bons resultados em ptqs tanto online como irl.



- Saberia que Zoo e Dark Depths eram e são de longe os melhores decks do formato e por sua vez os mais jogados, logo o deck que teria de levar ao PTQ tinha que forçosamente ganhar a estes dois ou ter um matchup razoável.









Comecei a testar a Lista do Riccardo Neri de UWg control, já que sempre tive um estilo de jogo preferencialmente de controlo.

Esta lista era consistente, mas os resultados provavam que apesar de ser uma “safe choice” o seja ter matchups razoáveis para a maior parte do “field”, era muito inconsistente contra 3 matchups importantes por sinal: dredge, depths e zoo.



Contra estes matchups tinha que ter quase o “nuts”, ou seja, a resposta mais adequada à ameaça do oponente.



Com a chegada do GP Oakland surgiram dois importantes decks low budget, muito bem posicionados em relação ao metagame…falo-vos de boros (brodzek deck wins) e elfos (que acabou por vencer o GP).



Nenhum dos dois fazia parte do meu estilo de jogo preferido, mas control estava com os dias contados em Extended, então decidi que tinha que arriscar e reaprender a jogar com outro estilo de jogo.











Elfos, foi o deck escolhido no tempo certo à hora certa pelo americano Matt Nass que lhe valeu a vitória e eu sabia certamente que depois de revelado o deck ele ia ganhar popularidade e tornava-se na pior altura para jogar com o mesmo.



(lista Matt Nass: http://www.deckcheck.net/deck.php?id=32472 )





Como qualquer deck de combo quando escolhido na altura certa para o torneio e metagame certos a hipótese de sucesso serão muito grandes.

Foi justamente o que se passou com o Matt Nass com os elfos, Saitou com o Hypergenesis…hmmm….Saitou com qualquer deck melhor dizendo e com o Luís Scott-Vargas na época passada que praticamente andou a “brincar” aos Gps com os outros amigos mágicos.











Optei então pela opção boros um deck mais aggro e que tinha até matchups um pouco favoráveis com os arquétipos dominantes (depths por exemplo), isto citando o próprio.





Citando o próprio, já que foi uma questão de tempo até os jogadores saberem jogar contra o boros e este deck então cair novamente em desuso.





(lista de boros: http://www.deckcheck.net/deck.php?id=32478 )











Em termos pessoais, decidi arriscar e investi neste deck no magic online gastando cerca de 75 a 80 tickets o que corresponde a cerca de 50e.

Os resultados nos daily events não foram nada por aí alem registando um 3-1 e três 2-2 o que correspondia a cerca de 6 boosters e, ainda por cima de alara block (que valem cerca de 3tickets).

Ou seja, uma grande perda em termos de investimento financeiro mas um grande ganho em termos de conhecimento do metagame.









Faço aqui uma ressalva sobre o tópico magic online para os mais cépticos para não terem dúvidas porque num país como Portugal onde o nível é razoável ou baixo, o magic online torna-se a melhor ferramenta para quem quer atingir objectivos importantes em relação a este jogo.



Num mundo onde a globalização está a provocar um grande impacto no jogo, quem tem acesso privilegiado à informação consegue ter maior sucesso.

Do ponto de vista económico nem há comparação, já que por exemplo drafts a 8-9e, fetch a 2e, torneios a 4e tornam o magic online uma ferramenta bastante acessível.



Se queremos ser melhores neste jogo temos que jogar constantemente com os melhores ou pelo menos melhores que nós e se na nossa realidade local isso não é possível porque não tentar a realidade virtual…é uma questão de prespectiva.












Depois de deitar por terra todo o testing feito com o boros, já que cheguei à conclusão que o deck perde o gás muito depressa quando tem que ser o beatdown e perde o jogo também muito depressa quando tem que ser o controlo.



As vitórias dos amigos mágicos Daniel Moura de Dark Depths e do Gonçalo Sequeira de Zoo só iriam confirmar as minhas conclusões que, ou ia de zoo ou ia de depths…ou ia de “low budget” e ia rever uns amigos e ajudar a pagar a viagem a mais alguém.







Após um scouting no PTQ que foi realizado na Costa da Caparica fui informado das percentagens de decks presentes no mesmo: 20% zoo, 15% faeries, 10% depths, 45% outros.



E na última semana da aventura “à procura de um deck sem ser zoo e depths e que não faça 0-2 drop” decidi que como não tinha tempo para testar nem reinventar Extended, teria de recorrer ao nosso fiel amigo (não é o bacalhau, nem o cão)…é mesmo o deckcheck.



Depois de percorrer todas as secções a que tinha direito, fui visitar a secção “Andrea Fonseca” mais conhecida por rogue decks.

Reparei que lá estava um deck de controlo, sem criaturas, que matava com planeswalkers e que tinha ganho um PTQ com 21 pessoas(!!!) em Bratislava???





Bolas! Decidi que este deck tinha potencial e que era o mais indicado tendo em conta a reacção dos oponentes e ao mesmo tempo que era um deck divertido de se jogar (magic também é diversão).





(deck bolas control: http://www.deckcheck.net/deck.php?id=33370 )





O Vasco Bonifácio em conversa uns dias antes do PTQ referiu-me um deck que estava “under the radar” onde a lista era esquisita mas que o deck “pelos vistos” ganhava a zoo e a depths e mostrou-me a mesma lista que eu tinha acabado de pesquisar e um bónus…um artigo do Gavin Verhey da Starcitygames onde fala sobre este deck pormenorizadamente matchup a matchup e que ele, o brian kowal (criador do boat brew), John treviranus (criador original deste deck…não, não foi o kenji) estiveram a desenvolver.







O nome do deck inicial foi Ultimecia e a versão original seria um pouco diferente da que venceu o tal “mítico” ptq em Bratislava:













A estratégia deste deck tem como objectivo “lockar” o oponente o mais rapidamente possível com cartas como blood moon para restringir as opções de mana, damnation para matchups aggro de modo a ele perder rapidamente o “gás” ou mesmo a Night of Soul’s betrayal contra dark depths de modo a transformar o combo da thopter/foundry inútil e posteriormente terminar o jogo com o ultimate da Jace, The Mind Sculptor ou do Nicol Bolas, Planeswalker.





Este deck foi inicialmente concebido como um “haterator”.

Ou seja, equiparam o deck de respostas contra as ameaças mais dominantes do metagame de extended ou seja como referi anteriormente: zoo e depths, com cartas chave contra esses matchups.

Este deck está muito bem equilibrado em termos de respostas já que tem as cores certas para todas as formas de disrupção.



Comecei a tentar arranjar as cartas, a considerar o sideboard e a testar a base do deck.











Em relação ao sideboard, achei que pela mínima percentagem do “field” relativamente aos matchups de dredge e mesmo living end, deveria cortar as leyline of the void.

Fiz entrar para o seu lugar + 2 Cranial Extraction e + 2 Akroma, Angel of Fury.













Cranial Extraction uma carta que dispensa apresentações. Decidi incluir de modo a prever que dentro dos 45% do field de certo iriam constar arquétipos onde esta carta poderia brilhar como Hypergenesis e também não desgostar contra todos os outros matchups de combo, considerando uma carta bem posicionada o actual metagame, uma verdadeira sideboard superstar.

A escolha desta carta em detrimento da Thought Hemorrage deveu-se a três razões:

- o deck mata de planeswalkers e o dano não seria relevante;

- base de mana suportava os 2RB, mas diminuía a percentagem de erro que numa situação casual estivesse screw a vermelho e precisa-se de jogar carta;

-…pronto admito e também não arranjei a carta a tempo.



Um dos pontos para o seu uso seria poder escapar do alvo do Exirpate usando no sideboard alternado com a cranial.











Akroma, Angel of Fury decidi incluir esta carta contra matchups de controlo que retirem o “removal” para o side no segundo jogo de modo a dar caminho aberto para uma vitória non-planeswalker.

Uma carta que me poderia vencer muitos jogos nomeadamente se tivesse sorte, estando esta sorte relacionada com fadas tirar os doomblade, teachings tirar o “mass removal”…o que muito provavelmente iria acontecer











Em relação à base do deck decidi fazer umas alterações:







-2 scalding tarn , + 2 misty rainforest, por simplesmente não ter conseguido obter estas duas a tempo, considero que fez diferença num dos jogos do top8.







-1 Liliana Vess, + 1 Sorin Markov, esta substituição poderá ser alvo de critica e aceito completamente.

A função da Liliana Vess neste deck, na minha óptica, seria 3BB e faz de tutor.

Apesar de útil, entendi que incluir o Sorin seria mais importante já que este deck não tem qualquer life gaining e aconteceu-me muitas vezes no playtesting contra zoo e outros matchups aggro que a Liliana não iria trazer nada de novo, por outro lado o Sorin traria lifegaining, seria mais um “finisher” e em situações pontuais era sempre mais vantajoso que a própria Liliana.





-1Jace, The Mind Sculptor, + 1 Compulsive Research.

O número de cartas de compra do deck eram 5: 4 thirst for knowledge e 1 compulsive research. Como este deck tem muitas cartas mortas em algum matchup reparei que era necessário aumentar o “draw” de maneira a encontrar a carta certa para cada matchup.

Outros dois factores que me levaram a cortar a 4ª jace estariam relacionados com a “hand disruption” do matchup contra depths ser inúmera e muito agressiva e que por vezes comprava o número de jaces a mais que realmente necessitava.











Irei passar agora a uma descrição muito sumária em relação às rondas deste PTQ, porque penso que num report o mais importante é o processo que leva a escolha, testing e análise do metagame do que realmente se baixei o planeswalker certo ou fiz vendilion a mais do que devia. “Granda deck!”













Ronda 1: Ricardo Venâncio – Dark Depths







Ganhei ao dado comecei a jogar.

Primeiro turno, terreno vai.

Turno dele, terreno vai e acabou justamente aqui, já que ele não tinha descarte e eu fiz segundo turno blood moon, terceiro turno thirst for knowledge, Jace…e siga para bingo.







Sideboard:



-4 Damnation -2 Terminate, -1 Repeal

+ 4 Thoughtseize, + 3 Negate








Ele começa com terreno thoughtseize e vê uma mão que tinha terreno, mox, sinete, jace, thirst, compulsive research e terminate…portanto uma mão à Benfica.

Mais à Benfica ficou quando eu compro terreno. Faço imprint do terminate na mox, terreno e sinete UB.

Ele faz terreno, mox, dark confidant e duress e tira-me o thirst….ficando apenas com 1 carta na mão (mais tarde reparei que era o muddle the mixture).

Continuando com a mão à Benfica comprei o Night of Soul’s Betrayal e baixei ficando ele sem o Confidant.

Ele faz transmute, eu faço compulsive onde vem terreno, terreno e blood moon, descarto terreno baixo blood moon e ele ficou “lockado”.

Turnos mais tarde compro o planeswalker Nicol Bolas para acabar com o serviço.



1-0 (2-0)











Ronda 2: Luís Ribeiro – UBg Thopter







No dia anterior estive a ver alguns jogos de testing do Luís e já sabia à partida contra que deck iria jogar.

No jogo 1, fiquei com uma mão lenta com 3 terrenos, 1 repeal, 1 wrecking ball e 2 Thirst for knowledge.

Ele tem primeiro turno descarte tira-me o thirst, segundo turno baixa thopter e terceiro turno baixa sword, ainda tive blood moon no jogo mas já era tarde demais e acabei por perder quando comprei uma jace já a “soro”.





Sideboard:



-4 Damnation, -2 Repeal , -2 Terminate

+4 Thoutghtseize e +4 Negate






Poderia ter optado por tirar mais terminate em detrimento dos Repeal mas como sabia que ele poderia ter criaturas como Meloku, decidi manter os terminate.



No jogo 2, lembro-me que faço turno 1 mox terreno e sinete, não para baixar blood moon no segundo turno mas porque tinha 2 thirst for knowledge na mão.

Ele faz turno 1 descarte e tira-me um thirst.

Turno seguinte, topdecko blood moon e ele não teve básicos nem moxes nos trnos seguintes e fui às compras até que encontrei a jace que prontamente viu um “scoop” do oponente.



Fiquei contente com as opções de sideboard já que me lembrei então que a versão dele não usa Depths e decidi como estava no draw, meter +3 repeal e tirar 2 wrecking ball e 1 terminate de maneira a dar-me tempo caso ele baixasse um thopter cedo podendo dar-me tempo e um draw que era sempre importante devido às 7/8 duress que o deck dele tinha.







No jogo 3, tive sorte, admito e faz parte do jogo.

Basicamente ele “esmiuçou-me” a mão toda, entrei em “topdeck mode” ele baixa o combo na mesa e dois turnos depois compro a night of soul’s betrayal já a 7 de vida, seguido de repeal, muito útil já que ele estava a atacar-me com um abandonado token de tóptero equipado com 2 sword of the meek.

Comprei mais “card draw” e encontrie uma blood moon, apesar de ele ter mox e 2 pântanos, iria fazer estragos.

Fui fazendo dois “bounces” sucessivos na mox com azul de modo que ele ficasse screw com o repeal e turnos mais tarde compro o nicol bolas partindo o thopter, o pântano e fazendo o seu ultimate ao qual ele concedeu.



2-0 (2-1)









Ronda 3: Tiago Gaspar – Zoo









O Tiago Gaspar é presença assídua nos top8 dos ptqs de extended nesta season e eu sabia que ele tinha feito top8 no último ptq com zoo, apenas não podia confirmar a versão. Ora ele revelou durante o shuffle um Thoctar que me desfez praticamente as dúvidas.





No jogo 1, ele não sabe contra o que é que está a jogar e apesar de saber o deck porque viu a lista na “diagonal” não sabia como se desenrolava a estratégia.

Eu ganhei ao dado e fiz um terceiro turno blood moon, onde as suas duals viraram montanhas e abrandou o ritmo normal de zoo.

O meu maior receio nessa altura era um boom/bust que me poderia prejudicar a base de mana, mais a mim do que a ele, apesar de ele não ter nenhum bicho em campo eu estava a cerca de 12 de vida e ele tinha burn spells que chegassem que me fizessem inquietar um pouco. Turnos mais tarde comprei Nicol Bolas que acabou com o jogo.







Sideboard



-3 Night of Soul’s Betrayal, 2 Repeal

+3 Deathmark, +2 Negate






No Segundo jogo ele teve um bom arranque e em que os terrenos na base de mana fossem muito afectados pela blood moon, o que fez com que a estratégia do deck dependesse apenas de uma damnation bem resolvida seguida de um planeswalker.

Tal não aconteceu e ele baixou elspeth que foi largando soldados todos os turnos e que eu não consegui lidar.







No terceiro jogo, eu tinha blood moon e de resto uma mão fraca, no que só me restava que fizesse terceiro turno blood moon e que ele não tivesse negate.

Correu melhor do que eu esperava.

Ele faz turno um nacatl, turno dois tarmogoyf e turno três tarmogoyf e baixa treetop.

Eu faço turno um terreno, turno dois mato o goyf, turno três blood moon onde ele so tinha 2 dual lands e 1 treetop. Ficou lockado e depois bastou-me matar os bichos baixar a Jace e ver sempre o topo dele até ao ultimate.

A ronda resolveu-se naquela jogada da treeop e do segundo goyf…ou eu tinha blood moon e ganhava o jogo ou não e ele ganhava, já que mesmo com damnation tinha gás o suficiente para baixar thoctar mais treetop mais burn spells, ele simplesmente arriscou e eu levei a melhor com essa opção.







3-0 (2-1)











Ronda 4: Jordão Pereira – Zoo







Esta ronda mostrou claramente como é o matchup de ultimecia/bolas control contra zoo.



Num primeiro jogo, faço segundo turno blood moon e ele só com duals e fetch.

Dá-se cerca de 6 a 7 turnos de “baixo terreno e passo” até que vou fazendo thirst e compulsive a procura de um planeswalker.

Lá calhou o Sorin Markov e no turno seguinte Jace que foi o mais que suficiente para terminar com o jogo.





Sideboard:



-3 Night of Soul’s Betrayal, 3 Repeal

+3 Deathmark, +3 Negate




A versão dele era claramente netdeck do bant zoo, digamos assim.

E sabia que ele ia sidebordar negates e bant charm. Assim foi…







Neste segundo jogo, ele faz muligan a 6 a jogar primeiro e não faz no primeiro turno o que me deixou parcialmente descansado.

Só começa a jogar num terceiro turno knight of the reliquary em que eu fiz eot terminate. O jogo desenrola-se num baixo bicho e parto bicho, até que numa destas ocasiões ele vira a hallowed fountain para responder a um wrecking ball num tarmogoyf e faz path to exile no mesmo. Ora, ele por descuido revelou um bant charm ao baixar terreno e eu assim precisava de uma aberta para resolver a thirst for knowledge da mão apenas com 2 cartas na mesma (inclusive).

Apartir daí fiz wrecking ball no terreno azul, e baixei jace e comecei a controlar a partida até comprar um nicol bolas para ajudar à festa.





4-0 (2-0)







Ronda 5: Pedro Calhau – Fast Zoo







Sabia à partida que o mestre Calhau estava de Zoo, só não sabia a versão, já que o pessoal que estava nas mesas do topo observava sempre o vizinho do lado para ver qual o deck de um futuro adversário.





Começa ele e eu vou com uma mão sem qualquer aceleração proveniente de sinetes ou mox.

No jogo 1, ele começa com turno 1 lynx e apercebo-me que estou a jogar contra fast zoo e vejo a minha vida a andar para trás quando ele me deixa a 12 em dois ataques da steppe lynx e depois baixa uma nacatl.

Chego finalmente à 4ª mana para fazer uma damnation, já um pouco tardia.

O Calhau joga sempre muito bem à volta da blood moon e vai sempre buscar terrenos básicos nas fetch e baixa qasali. Eu com night of soul’s betrayal na mão, blood moon e repeal, tento o bounce no final do turno e sempre tentei nos turnos seguintes uma aberta de modo a resolver uma night of soul’s betrayal ou blood moon (já que o terreno que lhe da branco é proveniente de uma dual) mas enquanto me concentrei demasiado em lockar a base de mana ele conseguiu resolver um ranger of eos e após uma guerra desgastante de qasali vs encantamentos não tenho mass removal, nem respostas suficientes às criaturas dele.







Sideboard:



-3 Night of Soul’s Betrayal, -3 Repeal

+3 Deathmark, +2 Negate, +1 Akroma, Angel of Fury






Vou com uma mão rápida com Blood Moon ao Segundo, mas que não tem o impacto devido porque ele tem floresta de mão e começa vários “one drop”.

Vou comprando respostas às ameaças da mesa dele e ele vai perdendo um pouco o gás.

Ele faz Ranger of Eos e vai buscar nacatls, lá consigo encontrar a Jace após vários draws de terrenos, moxes e sinetes e faço um brainstorm onde vejo três terminate (!!).

Ele ataca com um nacatl a jace e o ranger e o outro nacatl a mim e eu faço dois terminates aos nacatls, ele responde com raio na jace.

Continuo na minha saga a tentar ver planeswalkers mas não consigo e no momento que me viro todo para fazer sucessivos “draw spells” ele faz-me thoughtseize no único removal que tenho na mão e fico a poucos pontos de vida depois do ataque do ranger of eos com o qasali que entretanto entrou em jogo.

Compro removal para o qasali ele parte-me uma mox (justamente aquela que me podia dar a terceira mana especifica vermelha) e passa.

Eu compro akroma que só posso baixar em morph…ele mata-me o morph com helix e ataca-me para os últimos pontos de vida.





Para o meio do segundo de jogo opto por descartar o nicol bolas em vez da akroma para não revelar e ficar com o factor surpresa, isto custou-me o jogo já que no turno em que baixo a akroma podia ter baixado o bolas que teria um maior impacto no jogo.

Em termos de sideboard meti os negates pensando erradamente estar a jogar contra 5c zoo já que ele no meio do primeiro jogo faz-me uma tribal flames e meti 1 akorma porque pensei que em late game podia servir de parede contra possíveis ameaças como ranger of eos que lhe iria dar gás novamente.

De notar também que se ele não me tivesse partido a mox com vermelho teria ganho uma vez que num turno baixava akroma no turno a seguir atacava e fazia “pump” e ganhava uma vez que ele tava a 9 de vida proveniente do dano das duals, fetch e thoughtseize.





4-1 (0-2)







Ronda 6: Rui Casas Novas – Hypergenesis







Neste matchup, penso sempre que o primeiro jogo é sempre dele a menos que eu tenha sempre damnation no turno a seguir a resolver a hypergenesis ou blood moon cedo.

Nos jogos com sideboard já é diferente com 4 thoughtseize, 4 negate e 2 cranial extraction.





Faço mulligan e decido arriscar com uma mão de 2x terrenos, mox, sinete, night of soul’s betrayal e jace…era rezar para que resolva a jace ainda vivo.

Consigo fazer segundo turno jace e faço brainstorm onde vejo damnation, terreno e compulsive. No turno seguinte ele arrisca e faz hypergenesis com 2 bichos, 1 hellkite e outro que não me recordo, ele faz alvo do hellkite na jace.

Eu faço damnation ele fica sem gás e suspende outra hypergenesis.

Entretanto com o draw do compulsive compro jace e acabo por ganhar com o ultimate já que quando a hypergenesis dele resolve ele não tem bichos muito por culpa da primeira habilidade deste planeswalker.





Sideboard:



-3 Night of Soul’s Betrayal, -3 Repeal, -4 Terminate

+4 Thoughtseize, +4 Negate, +2 Cranial Extraction




Neste terceiro jogo com a vantagem do meu lado graças a 10 cartas de disrupção adicionais, começo com segundo turno blood moon com a ajuda da mox e a sorte do meu lado por ele não ter o terreno da cor que ele tinha para fazer ardent plea.

Faço quarto turno cranial extraction a hypergenesis e aqui praticamente acabou.

Compro Jace faço um primeiro brainstorm, já que não dispunha de muitas cartas na mão, turnos mais tarde compro a segunda cranial que faço a hellkite sendo a única ameaça que podia matar a jace, e sigo o caminho para o ultimate da jace.





5-1(2-0)









Ronda 7: Samuel Ângelo – UW Martyr - I.D.





Passou-se o seguinte:



Samuel: “eu empato ta decidido…queres empatar??”

Eu: “Sim, já que tenho bons tiers e fico sempre no top se empatar. Mas tu ficas de fora??!!”

Samuel: “Eu sei mas eu tou de martyr e esse é um matchup impossível para mim e assim PODE SER QUE TENHA ALGUMA HIPOTESE.”

Eu (a raiocinar…): (ver dicionário hipótese- é uma provável teoria, mas ainda não demonstrada, uma suposição admissível…ele disse mesmo hipótese? Com tiers de 45%? Bem, vou dizer-lhe que sim.)



5-1-1





--------------------------------------------------------------------------------------------------------







Num top8 constituido por Fadas, Martyr, Mirror, 2x Zoo, DDT e Scapeshift…sabia de antemão que haviam dois matchups que não queria apanhar…Fadas e Scapeshift.



Martyr seria um matchup favorável, mirror era sempre uma lotaria onde quem comprasse melhor ganhava, o zoo do Calhau custou-me a única derrota no suíço mas não me importava de ter calhado outra vez porque perdi a ronda porque percepcionei de uma forma errada o matchup e a versão dele, o zoo do Constâncio tinha boom/bust que poderia ser interessante e o DDT…era sempre um desafio.











Quartos de Final: Joel Nunes – UG Scapeshift







Scapeshift…pfff, na minha opinião o pior dos outros 7.







O primeiro jogo é sempre dele e durou cerca de 5minutos.

Todo o removal que tinha para os bichos eram tiros no pé e sem hand disruption transformou o resumo deste jogo num…7 terrenos valakut.





Sideboard:

-4 Damnation, -4 Terminate, -2 Repeal

+4 Thoughtseize, +4 Negate, +2 Cranial Extraction








No Segundo jogo, começo com terreno, mox e sinete.

Segundo turno, cranial extraction a scapeshift e aqui pensei que tinha o jogo mais ou menos ganho.

Ele faz dual e sakura. Eu baixo a blood moon cometendo o erro fatal que me iria fazer perder o jogo, já que sem o scapeshift era muito difícil ele combar de valakut e a blood moon acabou por me deixar screw a preto para a segunda mana especifica.

Queria no entanto deixar que ele ficasse sem a terceira mana especifica do cryptic o mais tempo possível para ganhar tempo.

Ele baixa ilha e wood elves e começa a atacar-me com esta em turnos onde eu faço apenas draw go com night of soul’s betrayal e sorin markov na mão.

Consigo comprar uma jace que é prontamente anulada por um cryptic command.

Consigo comprar a segunda cranial extraction que é bem sucedida e escolho remover os cryptics, no entanto vejo no deck dele que possui uma vantagem superior à minha no jogo que para alem de dois wood elves a atacarem por turno, ele tem mais condescend(1 na mão), platinum angel, meloku, rude awakening enquanto que do meu lado apenas vou tentar comprar o pântano (tenho 5 no deck) e baixar apenas um spell por turno.

Baixo Jace e faço brainstorm na qual nem vejo mox nem pântano, ele vai-me deixando a 10 de vida com os ataques dos pequenos elfos.

Após uma luta inglória pelo pântano perdido, lá compro o pântano e baixo markov e…remand…enfim, neste momento estou a 6 de vida.

Baixo novamente Markov e…condescend…neste momento estou a 4 de vida e ele com 2 elfos e uma sakura em jogo.

Ainda tento o nicol bolas mas ele tinha counter e concedo o jogo para quase 10 ataques dos elfos da floresta.



Não sendo um erro mas sim uma opção a Blood Moon acabou por entregar este jogo, onde eu baixava um spell por turno e ele tinha uma mão relativamente boa e conseguiu ter sempre as respostas nas alturas certas.







Enfim, foi uma curta mas boa experiência neste meu primeiro top8.

12 boosters: 1 basilisk collar, 1 raging ravine, 1 lavaclaw reaches e 1 jace…o que pedir mais???



Espero que tenham gostado. Até à próxima!















----------Agradecimentos: ----------------



- Ao Vítor Pereira por me ter emprestado 3/6 do deck;

- Ao Guimas pelos outros 2/6. E ao Nogueira também pelas 3 moxes.

- Ao Head Judge e aos árbitros por terem deixado que o Vítor Pereira conseguisse inscrever a tempo e conseguir por sua vez as cartas para o deck.

- Ao Samuel “bye” Ângelo e ao Andrea Fonseca porque sem eles o mágique não era a mesma coisa.

- Ao balsas e ao Flávio pela boleia sem qual não poderia jogar o ptq/voltar para casa.

- Ao mestre Vasco pelos conselhos em relação ao deck.

- À devir pelas listas do top8 que não forneceram e pelo grande trabalho que tem feito em prol da comunidade mágica.



egg_power


De: Lisboa
3/30/2010 12:19:41 PM
elmeck
O problema é que uns dias depois do ptq já não me lembrava de muitos pormenores dos jogos :P
Mas obg pelas retificações.

Mesmo que tivesses mana aberta e não baixasses goyf eu faria sempre blood moon porque lá está...ou tinhas counter ou não tinhas.

elmeck


De: Fação
3/29/2010 11:53:10 PM
Boas
Antes de mais parabens pelo top8

Agora em relação ao nosso match. ganhast o jogo 1 com o jace, controlast ate fazeres ultimatum, alias eu concedi

Isto pk nunca vi 1 nicol bolas a frente xD e se bem te lembras, quando fizest signet ao 2 turno (se nao estou em erro), eu sugeri que estavas de Wrecking balls xD e que realmente não sabia a lista de cor

Foi pena o terceiro jogo, onde fiquei parado em mana, e que apesar de ter counter pra blood moon, nao tinha bixos na mesa (não me lembro se tu limpast os 2 ou se de facto eu abri com nacatl ao primeiro turno), sendo tu 1 deck com instant draw spells, mais lands e com 1 plano de long game que completamente ultrapassava o meu, não houve propriamente 1 risco na minha jogada mas sim 1 pode ser que ele não tenha, pk era mm a unica hipotese de ganhar xD pk passar pra ter counter aberto e continuar a falhar land drops e nao ter bichos, todos nos sabemos qual seria o fim disto xD ahahaha

Abraços e boa sorte pro proximo PTQ se fores

DarkVlad

De: Torres Novas
3/29/2010 10:36:58 PM
egg
Obrigado pelo esclarecimento, as distracções acontecem, apenas axei estranho a jogada

Deduzo que esse teu "Peço desculpa" será ao votan

Parabéns
Alterado a 3/29/2010 10:39:11 PM por DarkVlad

u?


De: pois do adeus
3/29/2010 4:41:32 PM
...

- À devir pelas listas do top8 que não forneceram e pelo grande trabalho que tem feito em prol da comunidade mágica.

DoomBringer


De: pois de ti, mais nada!
3/29/2010 3:35:19 PM
re
Parabéns pelo top8!

Boa cena, eu estive para levar esse deck mas optei erradamente pelo Tribal Zoo, o que me agraciou com matchups horrendos (Martyr com o qual empatei, Ultimecia e GB Depths), resumindo fui para casa mais cedo meter vaselina...

Anyway, vais ver que em Cascais safas-te melhor, se bem que o deck já não terá o factor supresa.


gatopreto

De: lisboa
3/29/2010 1:46:42 PM
.
é bem ovo, melhor sorte para cascais !

votan


De: Pontinha
3/29/2010 12:25:24 PM
Re
Devo dizer que no último jogo contra mim ele comprou mm 2 Nights. A questão é que ele fex uma compulsive, comprou a night e ficou sem mana para a baixar. Eu fiz um duress para ver o que se passava e tirei essa night. Ele topdeckou outra

Mas é assim, pode-se argumentar que ele teve tanta sorte a comprar a Night como eu a combar cedo e a comprar o duress. Ás vezes é a nossa perspectiva que nos faz pensar que tivemos menos sorte que o adversário.

Anyway, o objectivo dakela ronda era que um de nós fizesse top8, por isso correu bem

FILHO DA.... Bem!!

egg_power


De: Lisboa
3/29/2010 11:48:17 AM
re DarkVlad
Já é do cansaço, acabei ontem o artigo de madrugada e admito que nem sequer o revi, li apenas na diagonal.

O que fiz foi baixar Night of Soul’s Betrayal e depois no turno a seguir comprei repeal para o token equipado com as duas swords :S
Peço desculpa.

EDIT: Já emendei

Alterado a 3/29/2010 11:50:14 AM por egg_power

balsas


De: Carnaxide
3/29/2010 11:11:04 AM
Parabens Pá
Desde já congratulo-te pela óptima prestação que tiveste neste ultimo PTQ, e tive imensa pena de não ter ficado até ao fim de modo a poder observar os teus jogos.

Foi o meu primeiro PTQ (e primeiro Torneio Sancionado), e graças a ti pude participar, pois fizeste com que eu voltasse a jogar ao fim de vários anos com altos e baixos desde 4º Edição.

Isto está a ficar lamechas, de modo que vou-me despedir com amizade e vemos-nos nos regionais!!!

DarkVlad

De: Torres Novas
3/29/2010 5:39:36 AM
re
Olá

bom artigo, concordo plenamente neste formato de report, em k é mais importante a descrição e escolha do deck do k propriamente as rondas, k nos mostra erros, sorte/azar no jogo e opções discutíveis.

Eu joguei no PTQ San Juan em Madrid no domingo de DDT, não conhecia o ambiente nem o deck, e fikei em 27ºlugar com 3 derrotas, justamente 2 contra Zoo e 1 contra um deck semelhante ao teu mas sem red, em k nada pude fazer contra essa estrategia, e esse jogador xegou ao Top 8, isto para dizer k o teu deck foi/é uma boa escolha para o metagame existente.

só gostaria k me podesses explicar uma passagem na 2ªronda:

"compro a night of soul’s betrayal já a 7 de vida, seguido de nova night of soul’s betrayal, muito útil já que ele estava a atacar-me com um abandonado token"

Night of Souls’ Betrayal é lendário...baixaste 2 e ele disse k sim??

Luís Ribeiro é o votan?, ele é arbitro ou estou errado?

continuação dos artigos
Abr
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