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asylum

De: S. Vicente - Braga
4/26/2009 3:32:50 PM
D€cks e Decks
Numa altura em que é virtualmente impossível ligar a televisão ou ler um jornal sem nos depararmos com palavras e expressões como crise, desemprego e por aí, também se tornou claro que esta mesma crise atinge em força o mundo do MTG em Portugal. Jovens que tentam começar agora simplesmente não têm fundos para investir e decks e torneios, e os poucos que vão tendo deparam-se com jogadores mais batidos, com decks muito mais completos e competitivos e rapidamente desanimam. Outros que já cá andam há mais tempo simplesmente chegam a um ponto que acham que os gastos não compensam… Isto leva-nos a algumas perguntas interessantes:

1º - Skill vs Dinheiro: será que para vingar no mundo de MTG é apenas necessário ser bom, ou é mais fácil quando não se tem tanta habilidade mas sim dinheiro para investir?

2º - Como fazer para poder contornar os gastos de dinheiro avultados em MTG? Que alternativas temos a gastar mais que o que efectivamente podemos?

3º - Principalmente para os novos jogadores, será que conseguimos fazer decks competitivos sem grandes gastos? E será que se batem de igual para igual com os decks de topo?


No primeiro caso, sim, a habilidade é algo de fundamental, um jogador pode ter o deck mais completo possível, se não souber o que fazer com ele não vai longe. Mas penso que todos estamos de acordo, e já todos sentimos na pele, a falta que um investimento monetário faz, e a diferença que ele faz quando o realizamos. Algo tão simples como uma boa base de mana, num deck, pode ser extremamente custoso, desde Reflecting Pool, Filter Lands e Pain Lands em Standard, até Fetch Lands, Dual Lands, Chrome Mox e outros em extended, não esquecendo Legacy e Vintage onde os preços chegam ao absurdo. Quando resolvemos a questão da base de mana temos o deck propriamente dito, e aí vemos os valores disparar, a valores bastante altos no caso dos chamados decks de topo. Isto é muito mais sentido em Standard, uma vez que devido á rápida rotação deste formato, muitas das vezes em que finalmente conseguimos completar um deck a nosso gosto, em que finalmente podemos dizer “agora sim, estou satisfeito”, temos de começar a pensar no próximo porque a rotação está a porta. Podemos então tirar duas conclusões:

- A habilidade é um factor fundamental num jogador de MTG, habilidade essa que é aperfeiçoada com a prática, logo desistir antes de começar, apesar de infelizmente por vezes ser necessário, é sempre má aposta.

- UM bom arranque em MTG depende, entre vários factores, de capacidade para um investimento inicial, maior ou menor conforme o formato, nem que seja aos poucos de cada vez.


Isto leva-nos ao segundo ponto, como podemos nós minimizar esse gastos? Existem vários métodos possíveis. Antes de mais, definir á partida um plano, dizer “este é o deck que quero, este é o investimento que pretendo fazer”. Parece simples mas é bastante complicado de pensar assim, uma vez que com a saída contínua de expansões e através da observação de jogos em que vemos que, se calhar, certa carta funcionaria melhor que a que temos, isto torna-se difícil. O importante é não perder o objectivo final, isto é, fazer um deck que nos diga algo, que reflicta a nossa maneira de jogar e cm o qual nos sentimos á vontade, os ajustes poderão ser feitos posteriormente, até porque certamente virão ajustes as ajustes e por aí.
Outra coisa que podemos fazer é simplesmente evitar o acumular de cartas desnecessárias. Se são novos nisto posso dizer desde já o que todos nós que já cá andamos há uns anos sabemos, de certeza que irão acumular muita carta que nunca utilizarão, em alguns casos cerca de 70% do total de cartas que acabarão por possuir nunca chegarão a jogar com elas. Então porquê acumular? É certo que um Birds of Paradise ou uma Wrath of God serão cartas que sempre jogarão mas devido a isso mesmo, serão cartas que estarão sempre disponíveis. De que serve ter uma carta cara na nossa capa quando está lá apenas para “fogo de vista”? Sim, possivelmente será uma carta que posteriormente fará falta para um deck mais competitivo e completo, mas de que serve o depois se não conseguimos arrancar no agora? Ainda para mais quando temos em nossa posse uma carta que quase nos compra um deck inteiro? Do mesmo modo em que acumulamos “lixo”, todos nós temos cartas que pensamos “nunca na vida irei jogar com isto, nem vejo com é que alguém o fará”.E aqui, não querendo fazer publicidade :P temos sites como o magictuga que são caridosos ao ponto de nos comprar aquilo que ninguém, incluindo nós, quer. Não se esqueçam que 0,10€ aqui e 0,15€ acolá, somados dão muitos euros, e sempre são mais úteis desta forma que parados em caixas ou amontoados num canto. Outra maneira bastante simples de arranjar o que queremos a bons preços são os leilões. Todos nós temos acesso a eles, muitos de nós já os realizamos, e muitos mais participamos neles, e é obvio que é vantajoso, seja para o comprador e para o vendedor, mesmo que este último seja novato. Finalmente temos uma hipótese cada vez mais adoptada por jogadores de MTG, a colecção em conjunto com outros jogadores. Já diz a sabedoria popular, “onde todos ajudam, nada custa”, e no MTG não é diferente.


Chegamos assim ao ponto final desta, chamemos-lhe opinião pessoal que partilho com vocês. Já temos um projecto de deck idealizado, reduzimos os custos ao máximo que podíamos, libertamo-nos do supérfluo, e agora, será que conseguimos deck competitivos? Não vos vou dizer que claro que sim, se existem cartas caras é porque de facto são boas e nos dão grande vantagem em jogo, mas podemos sempre improvisar. Não se esqueçam, por muito caro que seja um Tarmogoyf ou um Figure of Destiny, ambos desaparecem com um Terror de 0,10€. Temos aqui duas hipóteses, ver o metagame actual e tentar preparar algo contra isso, ou escolher um deck a nosso gosto e começar com uma versão budget e aos poucos actualizá-lo (normalmente a opção mais escolhida). Os grandes colossos de Standard, Kithkins e Faeries, tremem face a um Infest bem jogado; queremos fazer um Affinity em Extended e não temos dinheiro para Arcbound Ravager, usa-se Atog. Não descurem cartas potencialmente poderosas só porque Nassifs e outros não as usam. E não se esqueçam, contra Faeries, Kithkins, Affinity, Dredge, TEPS, toda a gente tem sideboard, contra decks surpresa ninguém se lembra de preparar, e isso dá logo uma vantagem inicial. E não se esqueçam, se têm um deck que sofreu perdas devido a uma rotação, isso não o inutiliza (dependendo das perdas e das novas cartas). Não deixem de jogar porque vos falta um par de cartas, o bom do MTG é o jogar, não o ficar a olhar.


Espero que tenham gostado deste meu “desabafo”, não quero com isto de maneira alguma estar a minimizar o esforço de todos os que tentam melhorar e melhorar-se neste meio, apenas quero encorajar todos aqueles que querem começar e pensam não ter hipótese para tal. Espero dar origem a uma discussão saudável, em que todos contribuam com opiniões de uma forma criativa e útil para todos nós.

Abraço
asylum

Abilio_


De: Setubal
6/7/2009 6:08:10 PM
Legacy
O artigo está muito bom, toca exactamente no problema actual do magic, opções para o valor ’’exageradamente’’ inflaccionado das cartas... Parece que este problema já foi analisado pela empresa Magic the Gathering e para eliminarem este problema, tomaram a decisão de criar um novo tipo de carta; as cartas Míticas, que seriam lançadas em baixo numero com o intuito de, mesmo jogadores com $ n as poderem obter pelo seu reduzido numero.

Quando recebi esta noticia deu-me logo vontade de rir, uma vez que esta opção tem exactamente o efeito contrátrio, ou seja, menos cartas para mesma procura actual = subida do preço das cartas.. Tal como em tudo na vida o unico modo de fazer baixar o valor das cartas é banalizando as mesmas (aumentando o numero), ou seja, ser bem mais facil comprar um booster e sair um cryptic command, rafiq, etc..

Infelizmente torneios de Legacy tb são poucos ou nenhuns, va-se lá a saber o porque..enfim é so a mnha opinião

cumprs

asylum


De: S. Vicente - Braga
4/28/2009 11:06:51 PM
boas
Eu realmente também sou um fã assumido de Legacy e Vintage. Como disseste e bem, os decks não sofrem o mal das rotações constantes, se bem que há uma modificação contínua nas listas de cartas banidas/restritas, mas nada que limite este formato.

Quanto aos preços dos decks de Legacy, são como tudo, se quiseres um deck completo ele não fica barato (falo por experiência própria, jogo de Dredge e os Lion’s Eye Diamond não foram nada baratos ), mas uma vez completo é deck que não mexe mais, a não ser que saia algo mesmo mt bom que leve a uma substituição.

Torneios sancionados de Legacy são cada vez mais comuns e têm cada vez mais jogadores, falo pela zona onde jogo, mas temos, pelo menos, um torneio mensal com cerca de 20 jogadores.

Abraço


Alterado a 28-04-2009 23:08:09 por asylum

Luis Costa

De: Alcabideche
4/28/2009 10:05:24 PM
legacy é o futuro
A longo prazo o formato de Legacy é sem sombra de dúvidas o mais económico.
Não sofre do mal das rotações e de gastos exagerados para estar sempre competitivo, e há bons decks de legacy mais baratos que 1 playset de figure of destiny, o caso de dredge, burn e sligh.
E quando as fetchs sairem de extended, fica mais uma razão para se jogar legacy.
As cartas de T2 andam sobrevalorizadas é a expéculação tipo a do petróleo, porque comprarem cartas de T2 ao preço de duals de revised não cabe na cabeça de ninguem.

Para mim a melhor maneira do magic continuar saudável em Portugal é o pessoal jogar legacy.

E começar a haver mais torneios deste formato sancionados.

E qualquer deck pode vencer um torneio de Legacy.
Alterado a 28-04-2009 22:05:45 por Luis Costa

asylum


De: S. Vicente - Braga
4/27/2009 1:48:59 AM

Isso dos acentos realmente tenho de ter mais cuidado, eram quase 3 da manhã quando o escrevi e o cérebro já não dava para muito.

Quanto a imagens realmente pensei em por algumas no artigo, e realmente vejo que se torne um bocado maçador tanta treta e letra e nem uma imagem, mas para a próxima já aprendi.

Quanto a isto de se ter cartas, sim, eu também sou menino de ter umas poucas a mais que as que efectivamente uso, normalmente são cartas que sei que serão reeditadas ou que me servirão para outros formatos, para não falar das cartas da minha colecção (se bem que essas são terrenos básicos).

A ideia fundamental que queria deixar passar é que todos sabemos que MTG é um jogo que implica um investimento monetário por vezes pesado, mas que esse investimento não terá de ser forçosamente feito todo de uma só vez, nem implica que se desista de jogar enquanto não for feito. Infelizmente é isso que se nota, pessoal que por não ter 4 reflecting pool ou 4 figure of destiny não jogar. Eu pessoalmente digo-vos, não tenho nem nunca tive um figure of destiny e ja joguei com kithkins, não tenho nem nunca tive um tarmogoyf e joguei durante muito tempo de monogreen e baralhos onde ele é cliente. Não foi por não os ter que me impedi de jogar nem me parece que o vá fazer futuramente.

Abraço a todos e obrigado pelas opiniões/críticas e não se poupem a fazê-las sempre qua achem necessário.


u?


De: pois do adeus
4/26/2009 10:43:17 PM
...
eu tenho várias cartas paradas em casa/dossier.
Gosto de ter, as vezes apetece-me fazer um deck, e vou ver o que tenho e às vezes ate surge alguma ideia.
Alem de que tenho sempre mais do que um deck montado. Neste momento tenho Burn(legacy), TEPS, e um countertop manhoso. Não tenho paciência para tar sempre a jogar com o mesmo deck.

Apesar de perceber perfeitamente o que dizes, "gosto de ter cartas" por assim dizer.



Alterado a 26-04-2009 22:45:01 por u?

SNight

De: Queluz
4/26/2009 9:42:21 PM
Excelente Artigo!
Boas,

Espero que mais destes venham

Abraços e Bom Trabalho!

SNight

Szadek18

De: Porto
4/26/2009 9:41:58 PM
Re: @ Diablo49 [off topic]
mao --> mão
contrario --> contrário



------

asylum o artigo até tem o seu fundamento mas cansa um bocado os olhos de tanta palavra junta, tenta dar uns espaços no texto, meter imagens como o Diablo49 disse e usar um pouco o BBCODE

Diablo49

De: Mira
4/26/2009 8:58:23 PM
oi
está engraçado, bom de ler...e retrata um assunto cada vez mais importante nos dias de hoje... este artigo nao acho que seja um tipo de artigo de ter mts imagens, mas elas ajudam, nem que sejam, para descontrair

à parte

pah nao leves a mal, como alguns levam...lol
podias ter dado um jeito aos dedos da mao esquerda para clicares no shift e colocares os assentos nos ’’a’’ ao contrario...

fika bem



BMBA

De: Fazendas de Almeirim
4/26/2009 8:18:06 PM
Sinceramente
Gostei...

épa umas imagens pa animar era fixe...

Mas no entanto adorei este artigo...
Belo tema para discutir e tudo pá...quero mais cenas assim por aqui...

Fika bem
Responder

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