1º Boa questão, prepara-te para uma resposta ultra técnica por isso lê tudo com muita atenção.
Primeiro o mais simples, quando um God entra no Battlefield, a devoção à cor respectiva (já incluindo os simbolos do God que entrou) vai indicar se uma criatura entrou no Battlefield ou não, mas isto respectivo a
triggered abilities que involvem a acção de, neste caso, criaturas a entrar em campo. A interação de Evolve e Gods encaixa neste grupo, pois Evolve é uma triggered ability que dispara quando uma criatura (com dadas caracteristicas, mas mesmo assim) entra em campo. No teu exemplo, a habilidade da Ephara apesar de não disparar directamente por criaturas a entrar em campo, verifica se criaturas entraram sobre o teu controlo no turno anterior e também dispara. Isto tudo acontece assim porque a condição para os triggers vai olhar para o estado de jogo imediatamente depois do evento de entrada acontecer e observar (ou rever/reconhecer, no caso da Ephara) a permanente relevante nesse ponto temporal, com ela já existente no Battlefield. Não há nenhuma necessidade de verificares se és jogador activo ou não, nem há nenhuma organização de triggers a acontecer aqui.
No entanto, e aqui é que a porca torçe o rabo, A 2ª habilidade do Blind Obedience é um caso à parte que não tem nada a haver com triggers. É um efeito de substituição (e não um trigger) produzido por uma habilidade
estática que afecta como o objecto vai entrar em campo. Nesta situação, apesar de o Heliod ser um creature spell na Stack e ser uma criatura depois de entrar, o Blind Obedience não vai olhar para o estado de jogo depois do evento de entrada, mas
durante. Resumido, o Obedience vai tentar perceber como o Heliod existiria no Battlefield usando apenas a informação do estado de jogo actual no momento em que ele está a entrar em campo, ou seja quando ele ainda não existe físicamente no Battlefield.
Para referência, vamos dar uma olhadela ao Comprehensive Rules Guide (já não o referenciava aqui há bastante tempo). A regra 614.12 é a regra para a qual devemos olhar aqui:
"614.12. Some replacement effects modify how a permanent enters the battlefield. (See rules 614.1c–d.) Such effects may come from the permanent itself if they affect only that permanent (as opposed to a general subset of permanents that includes it). They may also come from other sources. To determine which replacement effects apply and how they apply, check the characteristics of the permanent as it would exist on the battlefield, taking into account replacement effects that have already modified how it enters the battlefield (see rule 616.1), continuous effects generated by the resolution of spells or abilities that changed the permanent’s characteristics on the stack (see rule 400.7a), and continuous effects from the permanent’s own static abilities, but ignoring continuous effects from any other source that would affect it."
O que pode causar confusão a alguma malta vai ser maior parte das vezes a frase a negrito. Podes ficar a pensar com o "as it would exist on the Battlefield" que o efeito de substituição vai apenas usar a informação de pós-evento como se faz com as triggered abilities que falei inicialmente. Mas não é bem isso que a regra está a dizer. o efeito vai tentar perceber/prever como a permanente iria existir no Battlefield, mas usando apenas a informação existente antes da permanente entrar sequer, ou seja pré-evento. O jogo vai ver que tens a Devotion a branco a 4 nesse instante, ou seja o Heliod não é uma criatura, e o Obedience não reconhece o Heliod como uma criatura a entrar em campo. Ele entra desvirado.
Se tivesses Devotion a branco a 5 ou mais nesse pré-evento, então o Obedience iria reconhecer o Heliod como uma criatura a entrar em campo e ele iria entrar virado.
2º Sim. O trigger de upkeep da Ephara observa o turno anterior no seu todo, mesmo o que acontece antes dela existir no Battlefield. A condição só quer saber se uma outra criatura (já que a Ephara nunca se conta a ela própria) entrou em campo sobre o teu controlo no turno anterior.
Boas perguntas. Cumps