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Olá povo do Magictuga! Sejam, uma vez mais, bem vindos à minha coluna semanal Spoil me Baby !
Pois é, desta vez trago-vos as minhas histórias do que se passou no Prerelease da Trofa que decorreu há já algumas semanas atrás. Como vimos a semana passada, depois de eu analisar bem a minha “pool” cheguei a algumas conclusões:

--> Vermelho é uma cor que está por cima das demais, logo viria a ser a cor principal do deck.
--> Branco e Verde têm boas cartas para serem uma cor secundária.
--> Preto é jogável, mas precisa que adaptemos as outras cores às suas fraquezas.
--> Azul está muito pouco representada e não tem nenhum apelativo para sequer ser considerado um “splash”.

Tendo em conta isto, estava na hora de construir o deck. É também de referir que tendo em conta isto era fácil chegar à conclusão que teria que construir um deck aggro, e um deck aggro que procurasse ganhar o mais rápido possível, porque o nosso “mid” para “late-game” é mau!
A primeira coisa que fiz foi excluir logo o azul porque não tinha nada que me atraísse a jogar com a cor, mesmo para um “splashzito”.
De seguida e, tendo em conta que vermelho era a melhor cor selecionei as cartas com as quais iria jogar de certeza e distribui a curva de mana para ver como é que parecia, e diante de mim aparecia o seguinte:

CMC= 1

CMC= 2

CMC= 3

CMC= 4

CMC= 5

CMC= 6

Como podem constatar há uma concentração de 3-drops na curva do vermelho e depois uma relativa boa distribuição na curva (falta ali uma 5-drop, mas que é que se há de fazer?). Temos algumas interações interessantes entre os Humanos vermelhos que nos permite inchar o Kruin Striker, dar imenso dano com os Kessig Malcontents e passar pelas defesas inimigas com os Fervent Cathars. No entanto, faltam aqui complementos que temos que ir buscar a outras cores, logo está excluído jogarmos de Mono Red.

Apesar do que disse anteriormente do preto, ao olhar para o vermelho e constatar que faltavam nomeadamente 4-drops, entre outras, tentei forçar o preto, mas depressa cheguei à mesma conclusão que tinha chegado antes: áreas demasiado saturadas de criaturas, mas sem continuidade e as criaturas pretas também não eram as melhores, bem como as mágicas de removal, apesar de ter Death Wind que é talvez a melhor mágica do género!

Pior que isto foi aperceber-me que tinha pouco tempo para montar o deck quando alguém disse: “5 MINUTOS!”. Só? Tinha de me despachar.
É nesta altura que cometo um erro que não devia cometer: deixar de fora o verde, porque “verde em limitado é sempre uma cor fraca”! Isto até tem fundamento em muitos formatos, mas não significa que só porque a cor é verde é má para aquilo que precisamos, principalmente em selado onde não temos controlo daquilo que nos sai, nem podemos escolher a melhor carta para o que pretendemos construir como em draft.

Basicamente o que fiz foi fazer “vista grossa” ao verde e dar uma ligeira vista de olhos à cor, mas tendo em mente que não a queria, o que foi prejudicar-me a mim próprio desde o início. Ou seja, as conclusões que tinha tirado e que estão postadas anteriormente eram quase as mesmas, mas ainda assim eu não estava convencido. Se ao menos tivesse mais tempo … Quem sabe?

Então o que fiz foi apostar no branco, porque tinha pouco tempo e porque ”branco é sempre bom em limitado”! Pois … acerca disso: Branco não era uma cor assim tão má, eu já tinha umas quantas sinergias interessantes em vemelho com os Humanos e o branco tinha cartas como estas:

Mas no fim de contas o que é que me convenceu a jogar de branco? Fácil: 3 Midvast Protectors! Como disse anteriormente eu sabia que tinha que dar dano o mais rápido possível, independentemente de que deck eu fizesse. Então apercebi-me que se juntasse 3 destes meninos mais os outros 2 Cathars do vermelho, o deck teria um alcance muito bom! E assim fiz. A minha lista era qualquer coisa do género:

Criaturas ( 16 ):
1x Somberwald Vigilante
1x Falkenrath Exterminator
1x Kruin Striker
1x Nearheat Pilgrim
1x Thraben Valiant
2x Kessig Malcontents
2x Fervent Cathar
1x Devout Chaplain
1x Holy Justiciar
1x Heirs of Stromkirk
3x Midvast Protector
1x Seraph of Dawn

Outras Mágicas ( 8 ):
1x Pillar of Flame
1x Guise of Fire
1x Thunderbolt
1x Call to Serve
1x Thunderous Wrath
1x Banishing Stroke
1x Thatcher Revolt
1x Killing Wave

Terrenos ( 16 ):
1x Cavern of Souls
8x Montanha
6x Planície
1x Pântano

Algumas escolhas:

- Guise of Fire : No papel parecia resultar bem: remove x/1s da nossa frente e incha as criaturas que vamos dar invasão. O mal é que ao jogar com o deck reparei que tinha demasiadas x/1s eu mesmo para poder tirar proveito total da carta.
Se tivesse que voltar atrás substituía por um Defang ou por uma mágica de inchar.

- Thunderbolt e Killing Wave: São cartas diferentes mas que têm o mesmo propósito neste deck: alcance. Desde o início que vi que seria difícil conseguir dar todas as vezes os 20 de dano necessários para matar os oponentes sem que a minha estratégia saísse furada, pelo que ambas as cartas forçam dano, o que é importante, e se não o fizermos sempre podemos matar criaturas, o que também é bom!

- Cavern of Souls: Não é muito difícil de explicar: tinha muitos Humanos no deck e sempre poderia encontrar alguém a jogar com anulas por muito improvável que possa parecer (dos anulas desta coleção só há um que se aproveita, pelo que …).
Além do mais é um bom “consertador de mana”, o que o torna jogável.

- 0 raras vermelhas: Nenhuma delas me pareceu enquadrar-se com a minha estratégia. Como disse anteriormente o “Thibault Courtois” nem em limitado me parece bom. A “nova Wheel of Fortune também não parecia encaixar muito bem, apesar de o deck ser propenso a eu ficar sem cartas na mão num instante, mas o mal é que eu não queria correr o risco de deixar o oponente comprar uma “bomba” dele e esfregar-me com ela na cara para a vitória. Quanto ao encantamento nem é preciso dizer porque o deixei de fora.

- 16 terrenos: O normal é jogar com 17 terrenos e 23 mágicas, mas visto que a curva basicamente parava nos 4 se eu não comprasse Thunderous Wrath ou Banishing Stroke de mão inicial, resolvi cortar um terreno para manter as patadas a virem.

Ok, estamos prontos? Tudo a zero, os “pairings” são tirados, as pessoas sentam-se nas mesas … “Está na hora de duelar!”

NOTA: Antes de começar pedir desculpa aos meus oponentes por não me lembrar do nome da maioria deles. Eu até registo os nomes quando estou a jogar, mas depois de deitar os papelinhos ao lixo torna-se complicado.
Assim sendo, tratarei de não falar em nomes porque posso cometer um erro aqui e ali.

1ª Ronda (vs Big Stuff):

O meu oponente para esta ronda eu já o conhecia. Não é um regular lá na Trofa, mas tendo em conta que ele está a estudar em Coimbra a gente desculpa-lhe.

Lançamos o dado, ganha ele, baralhamos e avançamos para o 1º jogo.
Olho bem para a minha mão inicial e decido fazer mulligan. A mão seguinte que eu compro não era má, mas tinha poucas criaturas. Ainda assim decido ficar-me por aí, uma vez que tinha 3 mágicas de removal na mão.
O jogo em si foi desinteressante até um certo ponto, uma vez que eu jogo Seraph of Dawn ao 4º turno e quase que a levo até à vitória … quaseeee … não fosse ele comprar a única maneira de lidar com uma voadora de alta resistência que tinha no deck: uma Moonsilver Spear! A minha sorte é que eu já estava a uns 30 e tal pontos de vida e ele perto de falecer!

De referir que até aquele ponto tanto um jogador como o outro estavam praticamente “flooded” e que a partir daí ambos arrancamos para um jogo interessante. Ele joga-me as raras boas que tinha, nomeadamente Zealous Conscripts que dá grandes patadas na boca de quem não conta vê-lo aparecer e Harvester of Souls que compra cartas “like a patrão”. A juntar a isto tudo ele “cagava-me” Anjinhos 4/4 todos os turnos e as coisas complicavam-se apesar de eu ter resposta para muita da “bicharada” que ele me colocou à frente.
De referir que eu ganho este jogo à pala das meninas que dão evasão porque comprei Fervent Cathars e Midvast Protectors suficientes para passar pelos Anjos dele numa altura em que ou eu atacava para a vitória ou ele me ganhava no turno a seguir!
O 2º jogo foi menos interessante porque eu saquei uma mão muito rápida e ele ficou parado nos manas enquanto me via jogar para a vitória. Acontece … É daquelas coisas que detesto que me aconteça a mim porque tira a piada ao jogo, mas se acontecer ao meu oponente eu não me importo nada!

Apesar de ter ganho a primeira ronda com o deck, fiquei claramente com a ideia de que ou a estratégia “all-in” funcionava em pleno ou seria um redondo fracasso. Como tinha tempo disponível pus-me a rever a minha “pool” para ver se encontrava mudanças para fazer ao deck. É aí que eu me apercebo que “talvez o verde seja melhor que o branco”. Então pus mãos à obra para mudar o deck. Para quem não sabe, o que eu fiz não foi nenhuma ilegalidade, neste tipo de torneios vocês podem mudar o deck entre as primeira e segunda rondas, pelo que é permitido e pode-se fazer!

Infelizmente é todo o tempo que temos por hoje, mas não se esqueçam que para a semana teremos finalmente a conclusão desta minha jornada épica … ou não!

Também referir que dou por encerradas as votações, não me vou dar a trabalhos que as pessoas não querem que eu faça!

E assim me despido de vós por enquanto, mas como já é hábito nestes meus artigos, deixo-vos aqui um videozito relacionado com Magic. É sobre o novo Duels of the Planeswalker … enjoy!

Cumps
BiSk

PS: Comentem e se quiserem dar-me uma prendinha e um desconto, já que faço anos hoje, aproveitem!

Alterado a 6/2/2012 4:27:37 PM por BiSk