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David Ramos

Staff de cartas
De: Vila Chã
8/9/2011 12:45:06 AM
Habilidades de antigamente
Ora viva a todos e, desde já, muito obrigado por dispensarem algum tempo para ler este artigo.


Neste artigo, vou falar-vos de um tema que alguns de vós são capazes de não conhecer. Todos sabem que, em cada expansão, são-nos oferecidas novas habilidades com keyword. Contudo, muitas delas são perdidas e até esquecidas à medida que novas expansões são lançadas para o público. Este artigo foca-se em algumas dessas habilidades perdidas: morph e ninjutsu.




Mas primeiro vamos ver o que são estas habilidades:

Morph - Habilidade estática que funciona em qualquer zona de onde seja possível conjurar a carta que o tem, e que significa "Você pode conjurar esta carta como se fosse uma criatura 2/2 virada para baixo, sem texto, nome, subtipos, símbolo de expansão e sem nenhum custo de mana, pagando (3) ao invés de pagar o seu custo de mana." Quando tiver prioridade, você pode virar a carta para cima, pagando [custo], sendo isto uma acção especial que não usa a Pilha. Recuperará as suas características originais aquando virada para cima, e o efeito de Metamorfose terminará. Virar a carta para cima, não causa com que ela reentre no campo de batalha. Enquanto virada para baixo, e enquanto Mágica na Pilha ou Permanente no campo de batalha, o seu controlador pode verificar a parte não visível da carta quando quiser. Noutras zonas, não é permitido.


Como podem ver, não é a mais simples das habilidades. É original do bloco de Onslaught, tendo reaparecido, mais tarde, no bloco de Time Spiral.



Ninjutsu - Habilidade activada que significa "[custo], devolva para sua mão uma criatura atacante que não está a ser bloqueada: Coloque esta carta no campo de batalha da sua mão virada, e a atacar." Só poderá activar Ninjutsu quando tiver prioridade, após a Etapa de Declaração de Bloqueadores, até à Etapa de Final de Combate. A criatura com Ninjutsu irá ser posta no campo de batalha sem ser bloqueada a atacar o mesmo jogador ou planeswalker que a criatura que foi devolvida para mão estava a atacar nesse instante.


Ninjutsu é originário do bloco de Kamigawa, mais especificamente da expansão Betrayers of Kamigawa.



O que poderão ter estas habilidades de especial? Aqui não vou dizer grande coisa, vou deixar á vossa imaginação. Mas posso adiantar que Ninjutsu é uma boa maneira de fazer alguns efeitos e dano ao mesmo tempo de uma maneira quase de graça sem o oponente suspeitar de nada.
No vídeo que vou colocar a seguir está uma coisinha especial que o morph é capaz de fazer e que quase nada é capaz de tal feito:





Estas 2 habilidades nada têm em comum e o seu uso em conjunto não parece ter muita lógica mas, isto será mais à frente exemplificado.




Decks de morph e ninjutsu nunca foram muito usados. Sempre houveram mecânicas mais úteis e fáceis de usar. Quando Onslaught estava em T2, um dos grandes decks do momento era o deck de Cycling, que foi campeão mundial. Kamigawa saiu na altura em que Mirrodin bombava com affinity e afins, tendo resultado a que não houvessem grandes decks baseados em alguma mecânica de Kamigawa. Ninjutsu foi uma das habilidades que sofreram com isso.





Na rubrica de decks semanais que eu fazia à algum tempo atrás, eu cheguei a construir um deck baseado em Morphs:

// Lands
4 [8E] City of Brass
3 [LRW] Vivid Grove
4 [SHM] Reflecting Pool
3 [UNH] Mountain
4 [UNH] Forest
2 [UNH] Plains

// Creatures
3 [SC] Root Elemental
2 [ON] Exalted Angel
2 [SHM] Mossbridge Troll
2 [PLC] Akroma, Angel of Fury
4 [LE] Skirk Alarmist
2 [TSB] Krosan Cloudscraper
4 [RAV] Birds of Paradise
2 [DS] Ageless Entity
3 [CHK] Sakura-Tribe Elder

// Spells
2 [SHM] Dramatic Entrance
3 [ARB] Mayael’s Aria
3 [ARB] Wargate
4 [CNF] Path to Exile
4 [10E] Incinerate


www.magictuga.com/topico.asp?topico=66528




A estratégia principal deste deck é usar o Mossbridge Troll em conjunto com a Mayael’s Aria, sendo o apoio todo dado pelos morphs. Tem criaturas grandes, meios alternativos para as jogar, aceleração de mana, cartas para responder às ameaças do oponente e uma winning condition alternativa. Sugiro-vos que o experimentem :P

Contudo, eu não fiz este artigo para mostrar este deck. Ora eu, como adoro decks casuais, construí alguns baralhos com as cartas não usadas que eu tenho em casa. Um desses baralhos foi o baralho de Morph e Ninjutsu:


// Lands
1 [FUT] Zoetic Cavern
1 [ALA] Bant Panorama
2 [DIS] Azorius Chancery
7 [UNH] Island
5 [UNH] Forest
4 [UNH] Plains

// Creatures
3 [SC] Frontline Strategist
2 [ON] Daru Lancer
1 [SC] Karona Zealot
2 [SC] Aven Farseer
3 [LE] Willbender
2 [LE] Echo Tracer
1 [PLC] Riptide Pilferer
1 [LE] Voidmage Apprentice
3 [BOK] Mistblade Shinobi
3 [BOK] Ninja of the Deep Hours
1 [UL] Multani
1 [TSB] Mystic Snake
3 [DIS] Trygon Predator

// Spells
1 [ON] Backslide
3 [LRW] Protective Bubble
3 [RAV] Selesnya Sgnet
1 [DIS] Voidslime
1 [ALA] Obelisk of Bant
1 [PLC] Gaea’s Anthem
1 [ALA] Bant Charm
1 [PLC] Frozen Aether
1 [LRW] Ajani goldmane


Neste deck, ambas as habilidades foram combinadas. Normalmente, após uma criatura exercer o seu efeito de morph, fica quase inutilizada passando a ser apenas uma criatura pequena que serve como bloqueadora. Com o uso de ninjutsu, essa criatura pequena pode voltar para a mão do seu controlador ficando disponível para novo Morph, enquanto que nesta acção também ocorreu o efeito da criatura de ninjutsu. Esta foi uma das maneiras que eu encontrei de reutilizar o morph para não ter o Backslide completamente sozinho na sua função.


Este deck possui um pouco de tudo desde devolução, anulas, tapar, compra de cartas, prevenção de dano, mudança de alvos, descarte a muitas criaturas, redirecção de dano, aumento de poder, destruição de artefactos, etc.
A mana base não é grande coisa eu sei mas foi o que se pode arranjar.


Como vês BMBA, cumpri a promessa xD.
Espero que tenham gostado.

David Ramos

Alterado a 8/9/2011 12:47:44 AM por David Ramos

linik17

De: gaia
4/7/2012 12:47:49 AM
old school
Bem antes de mais boa noite

Confesso que para mim descobrir este site é um regresso à juventude perdida em mesas de café durante os intervalos de 15 minutos ou as tardes em que os jogos duravam horas, que eramos capazes de esperar 10 minutos que o nosso amigo que jogava contra nós jogasse a melhor carta dele só para a anular

Hoje que tropecei na minha velha caixa de sapatos e voltei a sentir o chamamento das idosas cartas ,algumas ainda compradas em escudos , que vim pesquisar se ainda valiam algum dinheiro... mas.... entretando voltei a conversar com os meus amigos da altura e é giro de ver que passados 10 anos ainda temos vontade de jogar uns contra os outros.
estas novas habilidades que só muito por alto compreendo parece que tiraram aquele gostozinho do jogo, ficou muito mais competitivo do que me lembrava.
desculpem este desvaneio mas é sempre bom encontrar quem compreenda este bichinho .
e pensar que quando deixei de comprar e de jogar ia na 7 edição .

DrkEvil

De: Évora
2/2/2012 12:31:44 PM
Hey
Boas! concordo com tudo o que vocês já disseram.
Embora nunca tenha ido a nenhum torneio e apenas tenha jogado com amigos, sinto que por vezes há competitividade a mais, todos querem ganhar, e "despachar" o jogo rapidamente, e eu pergunto-me o porquê disso. Uma partida de Magic deveria ser para o pessoal se divertir, criar os seus próprios decks e passar um bom bocado.

Outro problema que a competitividade levanta, é a desistência dos novatos, que facilmente se canssam do jogo, de tanto perder, sem terem oportunidade de aproveitar o que é realmente o Magic.

Falo pela minha experiência pessoal, comecei a jogar em Planar Chaos, e como não tinha experiência na altura, comprei um deck pré-construido azul- Ixidor’s Legacy.
Na minha opinião, na altura em que comecei a jogar tinha prai 13 anos e achava o deck um bocado dificil de jogar, não achava a mecânica simples, o que ao fim de algum tempo ter perdido a vontade de jogar, porque os meus colegas (ainda hoje em dia) recorriam aos tais netdecks, e facilmente me venciam, o que me fez largar o jogo durante uns anitos.

Voltei agora a jogar em Innistrad, com 17 anos, e a coisa está na mesma, o pessoal quer é construir decks de campeão, simplesmente para ganhar, quando eu noto que nem lhes dá gozo jogar com ele, mas enfim, oque se há de fazer? Acho isto bastante triste...

Abraços
Alterado a 2/2/2012 12:32:04 PM por DrkEvil

MeTelmo


De: Braga
1/6/2012 9:33:50 AM
Opah
Eu comecei a jogar desde Modern

8ª e mirrodin.

As cartas mais abusadas de sempre (ainda eu e o pessoal amigo desconhecia o que era um formato) era o Morphling (sem sombra de dúvida) e a Akroma, Angel of Wrath, que agora nem se falam delas...

Essas sim eram temíveis!

Ainda havia mana burn e dano na ’stack’.
Existia Mono Blue Control (Fow a 5€, ornatos de saphira, capsize) em cada canto (quase lol).

E onde o meu primeiro baralho, foi um pré construído de mirrodin, cheio de bestas com regeneração e atropelar. Que venceu um Mono Black Control de competição, e que o gajo ficou fo... lixado! Até hoje não lhe dei a desforra que ele tanto queria...


O meu 1º "investimento" na melhoria de um baralho, lembro que foi 4 elfos de llanowar para meter mais rápido o decks de animaizinhos, e que me custaram os olhos da cara... 3€! Cada UM...
Se calhar fui xulado, (mesmo na altura) mas penso que não foi muito. Porque passado 1 ano ou 2, conheci o nosso fórum, e eles andavam a 2,5€

Isso sim era bons momentos.
LOL

M1gu3l


De: Barcelos
12/29/2011 6:13:00 PM
.
Parece que a mentalidade do fórum mudou. Antes de fazer a minha pausa do Magic, aqui há um ano e meio, eu devia ser dos únicos a concordar que roguedecking era muito mais divertido do que netdecking, embora o máximo que tenha atingido num torneio (dos dois que fiz xD) tivesse sido o 4º lugar em 7.

Lembro-me de ter postado um deck feito por mim, talvez não estivesse bom, admito, mas postei-o aqui no site e pedi para dar opiniões, mas sem recorrer a netdecking, e o único comment postado nesse meu deck era "vais morrer sozinho isso é de certeza, quanto ao deck tu lá sabes, não percebo nada de Magic". Isto simplesmente porque pedi simples e inocentemente para não postarem o deck tal que ganhou tal campeonato...

Anyway, nice work.

David Ramos


Staff de cartas
De: Vila Chã
9/27/2011 1:17:00 AM
re
Eu ainda me lembro no duels of planeswalkers antigo, ao construir baralhos, o Shivan Dragon ser a criatura mais OP que tinha xD

Grandes tempos.

TheBoss


De: Monte Bom
9/23/2011 11:02:29 PM
e no dia que aprendi a jogar... o shivan dragon era a criatura mais temivel de todas!
lol

TheBoss


De: Monte Bom
9/23/2011 11:00:16 PM
ooh yeaah...
uma vez fiz um jogo épico e desconfortavel!
1 hora (so para um jogo) na relva (se tas a ler isto, nao voltes a esquecerte da chave de casa)
deck d ganhar vida vs deck de esfinges!

cheguei a vida infinita, ele combou os arautos da esfinge, jogou esfinge catedratica, fiqei a 10, recuperei, tive um ajani pridemate com mais de 30 atq, tava a 1 carta de perder por deckout e ganho...

sabem q mais? se fosse competitivo (mirror vs mirror vs netdeck e afins) nao me tinha divertido

David Ramos


Staff de cartas
De: Vila Chã
9/20/2011 3:22:06 PM
Boas
Por muito bom que o MtG de antigamente era, acho que temos todos de aceitar que as coisas mudaram. Já ninguém aceita jogar sem ter algo em retorno e as pessoas que começam a jogar agora aprendem as coisas dessa maneira.

Ou seja, entramos num ciclo infinito pois ninguém está disposto a pará-lo.

É à conta desta mentalidade que as mecânicas e habilidades engraçadas de jogar nunca são usadas se não forem brutais.

Eazy

De: Portimao
9/16/2011 11:38:55 AM
Boas
Estive a ler e não consegui deixar de vir dar uma palavrinha
Eu comecei a jogar em 1994/1995 e o magic não é como é hoje em dia, havia divertimento em tudo o que faziamos, quando baixamos uma 4/4 "logo" ao 5° turno jà ficavamos todos contentes e o adversàrio jogava as mãos à cabeça a pensar que ia perder o jogo.
Hoje em dia o que interessa é o valor das cartas e se são competitivas e se permitem matar ao 3° turno.Não consigo perceber como hà jogadores que não conseguem sentar-se em casa com os amigos a fazerem jogos que duram 1 hora so pelo puro prazer de jogar.
Obrigado pela vossa atenção

ruiassis


De: Abrantes
9/15/2011 11:26:52 PM
re
Bem malta, o que o BMBA diz é muito verdade. Eu comecei a jogar em 1998, com o velhinho portal second age. Nessa altura nós contruíamos um deck de cada cor (assim só para variarmos) e não havia nada melhor que passar a tarde com os amigos a jogar. Tardes inteirinhas que passavamos a jogar magic por puro divertimento. Com as artas que trocávamos na escola e com alguns boosters que se iam comprando. Não havia o netdecking que há hoje e também não havia uma procura de competitividade baseada nos outros e não naquilo que nós próprios achávamos que devia ser o jogo. Cada um construía um deck conforme o que gostava mais e não apenas com base em ter ganho alguma competição. Depois de começar a ver muitas alterações ao jogo, com a introdução de future sight e lorwin e de ter participado em algumas competições, as quais detestei devido a uma competitividade cega existente e a jogadores a tentar ganhar jogos na secretária porque o adversário tinha duas ou três sleeves que não estavam imaculadas, deixei de jogar. Fui sempre mantendo alguma curiosidade, fui espreitando sempre o jogo, a ver como tinha evoluído. Hoje limito-me a jogar com o meu irmão (que ensinei a jogar desde os 5 anos). Há cerca de um ano, quando me voltei a debruçar um pouco mais sobre o jogo reparei que havia miúdos que tinham começado a jogar há umas semanas e já estavam a querer gastar dinheiro em goyfs e afins e a querer montar decks de top8’s. É a evolução normal das coisas, mas para mim não é o mais correcto nem a melhor forma de se evoluir e compreender o jogo. E digo, não há nada mais engraçado que atacar lentamente com um ophidian para comprar umas cartitas (não havia cá dark confidants)!
Responder

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