Esta semana vamos ter um report do regional pelo André Mateus, que levou o seu deck mono white a um apuramento para os nacionais deste ano.
É um deck interessante que conseguiu um bom resultado com uma lista semelhante à do Cedric Phillips.
(apelo aos jogadores que quiserem fazer um report para o magictuga, sobre os regionais que entrem em contacto com a equipa do site)> Report Regional Chelas/Odivelas – Top 8 (2º)
Boas, o meu nome é André Mateus, sou conhecido por Boggle e fiquei em segundo lugar no regional do Kasas, o qual me qualificou para o meu primeiro nacional, no passado sábado dia 3 de Abril, com uma lista de White Weenie.
A lista não é da minha autoria, pertence ao maior “miser” do MTG, o grande Cedric Phillips. A única alteração que fiz foi trocar as 3 Elspeths que ele colocou no sideboard por 3 Ranger of Eos, sendo a razão para isto o facto da lista ter sido desenvolvida antes do aparecimento do UW Tap-out control, que possuí agora mais respostas para Elspeth, com os O-rings e as próprias Elspeths deles.
White Weenie:
Maindeck
10x Plains
4x Arid Mesa
4x Marsh Flats
4x Steppe Lynx
4x Elite Vanguard
2x Akrasan Squire
4x Kor Firewalker
4x White Knight
4x Knight of the White Orchid
4x Kor Skyfisher
4x Kor Hookmaster
4x Honor of the Pure
4x Brave the Elements
4x Harm's Way
Sideboard
4x Devout Lightcaster
4x Journey to Nowhere
4x Oblivion Ring
3x Ranger of Eos
As escolhas de cartas são na sua maioria óbvias, mas há algumas que são interessantes:
• Porquê só 18 lands? Maximiza a qualidade dos teus draws agressivos e com acesso a Knight of the White Orchid e Kor Skyfisher, são raras as vezes em que ficas screwed, isto para além da tua curva acabar aos 3 de mana, xD
• Porque não há Path to exile na lista? Path é bastante mau neste ambiente, uma vez que na maior parte das vezes está a ajudar o oponente a rampar para um Broodmate/Siege-Gang, ou para um Baneslayer, cartas com que tens imensa dificuldade em lidar.
Mas voltando ao ponto de partida...dia 6 de Março, perto da meia-noite...estava eu a ver o GGs Live e a mandar bocas ao Pastel (Tiago Gaspar, membro dos Patos, costumava ser um bom jogador de magic, mas ultimamente, xD...cof cof...) por ele se ter cortado a ir jogar o Worldwake Game Day. Depois de muito “chateanço”, ele lá disse que para compensar, iámos ao GPT em Linda-a-Velha (White Dragon) no dia seguinte. Nice, mas que raio de deck é que vou levar então?... pensei, enquanto abria já o MWS...e em menos de um fósforo, ouço o Cedric Phillips a dizer ao Rashad Miller que estava 4-0 contra Jund com uma lista de White Weenie...hum...parece-me bom...e no dia seguinte lá estava eu no carro do Kocax (David Fernandes, membro dos Patos, este nunca foi um bom jogador, mas ainda acredita, xP...), que se agarrava, mais uma vez, ao seu deck-fetiche, Vampiros. O Pastel, claro, ia de Jund aka Nespresso...what else?
Ora, long-story short, horas mais tarde estava a splitar a final com o Frederico Bastos porque não fazia intenções de ir a Bruxelas e já tinha perdido para ele no Swiss.
O que reti deste torneio foi sobretudo uma coisa...o deck esmaga Jund, a sério, até agora ainda não perdi para o “Boogeyman” de T2. Anyway, fast-forwarding para o Regional...depois de umas semanas a treinar com a lista, já sabia como proceder face à maior parte dos matchups. O deck tinha uma vantagem enorme contra Jund, Monored/BR, Vampiros e Boros, era 50-50 contra UW control, 40-60 contra a versão Tap-out, nunca conseguindo ganhar a decks como Naya, GW, Junk, Bant ou Mythic. Basicamente, tudo o que tivesse maioritariamente vermelho e/ou preto era um matchup favorável e tudo o que pudesse produzir um Knight of the Reliquary ou um Rhox War Monk ao 2º turno era um match quase impossível. Na noite anterior, descobri também que Allies era um match dos infernos.
Finalmente, por volta das 11 e 30, lá começou o torneio, que contava com 117 esperançosos.
1º Ronda – Allies (não me recordo do nome do jogador)
Ganho ao dado e tenho um dos melhores draws de todo o torneio. 1º turno Plains, Steppe Lynx, ele Jungle Shrine, eu fetch- plains, ataco para 4, baixo outra Steppe Lynx e Elite Vanguard, ele joga um Ancient Ziggurat e baixa Oran-Rief Survivalist, eu tenho outra fetch e Kor Hookmaster, atacando para 10, ele ainda joga um Kabira Evangel mas eu tenho um Skyfisher.
SB: -4 White Knight, + 4 Journey to Nowhere
Este jogo seria muito mais difícil se ele não tivesse feito mulligan a 5 e apesar de ainda me ter surpreendido com um Naya Charm e no turno seguinte com um Violent Outburst, não havia muito mais que ele pudesse fazer, principalmente depois de eu ter jogado um Brave the Elements que o deixava apenas com um bloqueador para dano sempre letal. 1-0 (2-0)
2º Ronda – Jund (Mário Pereira, de Linda-a-Velha)
Esta ronda, devido aos atrasos do torneio, foi realizada já após um excelente almoço no Burger King, e mal chego à mesa, começo logo a recear, uma vez que quando jogámos no GPT, ele estava de Naya. Felizmente ele estava de Jund e não conseguiu acompanhar a minha agressividade com Vanguard, Kor Firewalker, 2 White Knights e Honor of the Pure.
SB: -4 Kor Hookmaster, + 4 Devout Lightcaster (este é o plano básico, mas se ele no segundo jogo baixar Stags e principalmente Masters of the Wild Hunt, o melhor é sboardar +2 journey e +2 O-ring)
No segundo jogo, ambos muligamos a 6, mas ele falha o terceiro land drop, enquanto eu tenho um Kor Firewalker a bater. Quando ele finalmente acha o terceiro land e baixa um Vampire Nighthawk, eu tenho o Devout Lightcaster e ele já não consegue recuperar a partir daí. 2-0 (4-0)
3º Ronda – Boss Naya ( João B.)
Aqui é que as coisas se começam a complicar, quando me deparo com Naya e a muligar a 5. Como seria de esperar, não dei muita luta e morri para um Knight of the Reliquary gigante, tornado ainda mais gigante por um Behemoth Sledge.
SB: - 4 White Knight, - 1 Harm’s Way, -1 Akrasan Squire, + 4 Journey to Nowhere, + 2 Oblivion Ring
No segundo jogo, abro com plains, Steppe Lynx, fetch, Kor Firewalker, duplo Kor Hookmaster, enquanto ele começa com Terramorphic expanse, seguida de Stirring Wildwood, forest e Knight of the Reliquary, que eu viro por duas vezes e quando ele parecia estar já a estabilizar, eu compro um Harm’s Way que lhe tira os ultimos dois pontos de vida.
Para o terceiro jogo, mantenho o sideboard, mas enquanto ele começa com Nacatl, eu começo com uma plains bastante solitária, que continua solitária até ao turno 4, quando consigo jogar um Knight of the White Orchid enquanto ele, já com um Ranger jogado, jogava agora um Bloodbraid Elf. O meu próximo draw foi um Oblivion ring mas já não chegava. 2-1 (5-1)
4º Ronda – Mono White Control (Gualberto Gomes)
Ganho ao dado e começo com Elite Vanguard, ele Emeria, the Sky Ruin, ataco e baixo White Knight, ao qual ele responde com Plains e Kor Firewalker...hum...intrigante...felizmente ele falha o 3 land drop mais de dois turnos enquanto eu construo um pequeno exército com um Knight of the White Orchid, um Kor Skyfisher e um Kor Hookmaster.
SB: - 4 Kor Firewalker, - 2 Harm’s Way, - 1 Kor Hookmaster, + 4 Oblivion Ring, + 3 Ranger of Eos ( Deduzi que o deck dele teria Day of Judgement, pelo menos de side)
No segundo jogo, as coisas mudam drasticamente, ele começa com 2 Knight of the White Orchid e depois de conter a minha agressividade inicial com os first strikers, faz Day of Judgement e eu não tenho Ranger, de seguida joga Baneslayer, para o qual não tinha nem compro resposta, passo o turno, ele baixa um segundo Baneslayer, eu faço draw e vamos ao próximo.
SB: Resideboardo o Kor Hookmaster e tiro as restantes 2 Harm’s Way por 2 Journey to Nowhere.
Este terceiro jogo arrastou-se por imenso tempo, eu começo agressivo, ele faz Day of Judgement, eu reconstruo com Ranger e ele faz um segundo Day of Judgement. Eu tenho um segundo Ranger, enquanto ele tem um Baneslayer, para o qual eu tenho O-ring. Vou continuando a atacar com o Ranger e os one-drops que fui buscar até comprar o Skyfisher, altura em que me invade um sentimento de satisfação pessoal ao devolver o Ranger com o Skyfisher e a jogá-lo outra vez, o que me põe à frente significativamente, mesmo que ele faço um terceiro Day of Judgement. Ele consegue ter Emeria activa, mas todo o meu removal remove (xD “removal remove”) de jogo, pelo que tudo o que ele devolve é um modesto Knight of the White Orchid. Um turno mais tarde ele baixa uma Iona, diz “branco”, sorri e concede face a dano letal na mesa. 3-1 (7-2)
5º Ronda – Jund (Paulo Letra)
Ele ganha ao dado e eu faço muligan a 5. Não é exactamente o ideal. O jogo começa comigo a falhar land drops e a ser espancado por 2 Sprounting Thrinax. A meio lá recuperei com white knight e se não tivesse demorado tanto tempo a fazê-lo, ainda poderia ter ganho o jogo, tendo acabado por morrer para um blightning, deixando-o a um de vida.
SB: - 4 Kor Hookmaster, + 4 Devout Lightcaster
No segundo jogo começo com Steppe Lynx, à qual ele faz Bolt e eu não tenho o Harm’s Way, mas depressa recupero com White Knight e Kor Skyfisher. O jogo ficou praticamente decidido quanto ele baixa Thrinax e faz deathmark no Skyfisher, ao qual eu respondo com um Brave the elements a preto, jogando Honor of the Pure no turno seguinte e atacando com 3 de protecção a preto e 3 pelo ar durante dois turnos, situação para a qual ele não encontrou solução e fomos para o terceiro. Como não vi nem Stags nem Masters, não alterei o SB.
Já no terceiro, começo com Steppe Lynx e acontece o já temido Bolt em resposta à trigger da fetch, mas desta vez tenho o Harm’s Way e acaba por ser um blowout. De seguida baixo Kor Firewalker, que me eleva aos 22 se vida depois de um Blightning e um Thrinax da parte dele. Compro Devout Lightcaster e jogo-o e chegamos a um ponto em que eu teho duplo White Knight, Devout Lightcaster e Kor Firewalker para um Thrinax e um Broodmate Dragon acabado de ser jogado e que me deixa a 23. Ataco, deixo-o a pouco, perco um White knight para a token do broodmate, mas baixo outro, ao qual ele suspira. No turno dele, joga dois blightnings, ataca e estende a mão. 4-1 (9-3)
6º Ronda – Grixis Control ( Diogo Idelfonso Mendonça)
Neste jogo, entro já um pouco nervoso, sabia do que ele estava a jogar mas não tinha nenhum plano nem testei sequer, isto aliado ao facto dele ter feito top8 num PTQ recentemente e desta ser (supostamente) a última ronda que eu tenho de ganhar para me qualificar.
Ganho ao dado, começo com Lynx, ele faz Ponder e passa, eu ataco para quatro e baixo um dork 2/2, ele tem outro Ponder, baixa land e atira um Bolt à Lynx. Eu continuo a baixar criaturas e a pensar na hipótese de um Earthquake na lista dele. Felizmente ele falha o terceiro land drop (aconteceu bastantes vezes pelos vistos, better lucky then good, right? xP) e a partir daí o jogo só teve um sentido.
SB: - 4 Kor Hookmaster, -1 Harm’s Way, -1 Knight of the White Orchid, -1 Honor of the Pure, + 4 Oblivion Ring, + 3 Ranger of Eos
O segundo jogo, infelizmente, também só teve um sentido, mas foi o dele, ele começa com halimar depths e eu com plains, vanguard, tendo ele de seguida triplo Spreading seas após um ponder e jace a ver o meu topo, sendo que eu arrumo quando ele baixa uma Sphinx of Jwar Isle.
Reflicto um pouco no sideboard mas deixo-o ficar como está e começo com Lynx, Kor Firewalker e Knight of the White orchid, ele tenta o plano anterior com 2 Spreading Seas, mas desta vez lands não me faltam e tenho O-ring para o Jace dele. Ele ainda baixa a Sphinx mas eu já tinha dado dano suficiente e tudo o que ela conseguiu ganhar foi um turno. 5-1 (11-4)
7º Ronda – Open the Vaults ( Pedro Carvalho)
Já tinha falado com o Pedro e ele disse que se pudesse, empatava sem complicações. Infelizmente os standings diziam que íamos ter de jogar e lá nos conformámos, desejando boa sorte um ao outro.
Ele ganha ao dado e começa com land, borderpost, eu com Lynx (must be nice, xD), ele baixa land e passa, eu jogo fetch e aumento a pressão com um 2/2, ele cycla no final do turno e faz O-ring na Lynx. Ambos construímos o nosso jogo, ate que ele estabiliza com uma Sphinx of the Lost truths e um Architects of will a 2 de vida e eu com um Elite Vanguard bastante sozinho. Medito um pouco e concluo que so tinha 7 outs...3 brave the elements e 4 harm’s way (já tinha usado um brave) e, mais uma vez, a estrelinha que me parecia acompanhar desde o início do torneio dá um ar de si mesmo e eu compro o brave para o dano final.
SB: - 4 Kor Hookmaster, - 3 Harm’s Way, + 4 Oblivion Ring, + 3 Ranger of Eos
No segundo jogo, o Pedro atrapalha-se um pouco com a mana e o meu draw com múltiplos O-rings permite-me remover-lhe um borderpost e mais tarde, um Everflowing Chalice a 2 que ele joga, comprando-me o tempo necessário para lhe ganhar com os meus Grizzly bears.
Tive bastante sorte nestes jogos, não só pelo topdeck do primeiro jogo, mas também pela qualidade do draw do Pedro, que nunca lhe providenciou um Day of Judgement.
E assim estava feito, 6-1 (13-4), segundo lugar e qualificado para o meu primeiro nacional. I would like to thank the academy...xD...Gostava de agradecer aos Patos, claro, a team a que pertenço, principalmente ao Taborda, que me empresta as cartas porque eu não tenho nada mas ele tem tudo, tudo...ao Pastel, que me deu boleia para casa, ao Kocax, que por acaso também me deu cartas, mas ele não sabe disso, ao Igor e ao Gonçalo Sequeira, que agora qualifica-se por rating e pensa que é o MAIOR...ao pessoal de Linda-a-Velha que é tudo malta fixe, principalmente ao Quaresma que estava ali a jogar mesmo ao lado e claro, ao Pedro, que foi sempre um espectáculo e me convidou a fazer o report...Não sei se o deck vai melhorar ou piorar com o lançamento de ROE, mas aconselho-vos a descobrir, pois uma coisa é garantida...este deck BATE JUND.
Fiquem Bem.
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