Lembram-se de quando eram putos e foram pela primeira vez a uma loja de magic com um deck ranhoso que só tinha duas raras que não valiam nada e foram espancados há força toda por decks artilhados com várias dezenas de euros? Bem, para além do vosso primeiro problema ser não saberem jogar, a diferença de preços e consequentemente de “qualidade” das cartas é algo injusto e que apenas beneficia os “nerds” que gastam várias centenas de euros por mês em cartas copiando decks de “top” sem sequer pensar nas outras cartas nem em ideias para baralhos originais e eficientes na sua relação qualidade/preço.
Este artigo tem que ver com a actual dinâmica de mercado promovida pela wizards a acentuada com o aparecimento das Mythic rares (que servem basicamente para inflacionar os preços) em que em todas as edições saem 3 ou quatro cartas fora do normal na relação custo de mana/efeito (ou poder e resistência para as criaturas), e outras fora do normal por serem mesmo ruins
, para além do recente golpe de “banir” dos core sets as Cóleras de Deus e surgiram misteriosamente depois em zendikar umas novas, Days of Judgment…
Isto leva a que haja uma corrida desenfreada pelas cartas mais caras, que por sua vez faz com que as cartas sejam ainda mais caras, até que para competir de igual para igual é necessário gastar, no mínimo, entre 50 a 100 euros em cartas, para dois anos (ou menos) depois só valerem 30% do valor que gastaram. Para gente mentalmente saudável isto não é aceitável.
Há já quem tenha uma abordagem que diferente tentando imaginando bons decks que naõ tenham cartas inflacionadas, mas como não há nenhuma vantagem em termos de jogo e competição não vale a pena pensar em decks eficientes na relação qulaidade/preço.
A minha ideia era que nos torneios, em vez que se ganhar 3 pontos por vitória, se ganhasse pontos conforme o deck que derrotamos, eis um exemplo:
O Felisberto joga com um deck de 300€ (4 mutavauls, 4 pools, só aqui 150€, etc e tal…) e o Narciso joga com outro de 40€. Se o Felisberto ganhar receberia 40 pontos, enquanto que se o Narciso ganhasse receberia 300. É claro que o que tem o deck mais caro continua a ter mais probabilidade de ganhar, mas um deck bem pensado e bem jogado consegue ser competitivo sem ser estupidamente caro.
Isto iria levar a um maior variedade de decks a competir, diminuir a “inflação” e tornar o jogo mais justo e mais acessível a casual players que não investem grande parte da mesada/salário em cartas.
Como tabela oficial para definir os preços poderia usar-se o “preço” em tickets usado no MTG on-line, lista essa que já parece regular bem os torneios on-line.
Isto é uma sugestão que coloco aqui ao pessoal, em especial aos que organizem torneios, para pensarem um bocado sobre isto e sobre a viabilidade desta ideia.
A titulo de exemplo vou nomear uma carta de 50 cêntimos que acho que é menosprezada:
Chama-se Gigantiform/Gigantear:
Antes de começaram já a dizer que a carta não vale nada e todos os seus defeitos entre eles: ser uma aura, isto é, se a criatura vai ao ar a aura também e ficamos sem nada e ser ligeiramente cara demais, pensem também nas qualidades e no que pode fazer quando equipada a uma criatura com golpe duplo por exemplo:
Teríamos em ambos os casos uma criatura 8/8 com atropelar e golpe duplo que iria causar 16 dano se não houver bloqueadores. Ao quinto turno, ou mais cedo se houver aceleradores, isto deve garantir bem a vitoria
.
Em extended pode não ser tão competitiva, mas prefiro-a às swords de darksteel, e depois de encantar por exemplo um Troll asceta, passamos a ter uma 8/8 que só pode ser destruída por uma Cólera de Deus. Penso que só a jitte é melhor mas entre os quase 50€ que custa um playset de jittes e os 2, 3€ que custa um de gigantiform, acho que a diferença é abismal, e caso a minha ideia fosse implementada compensaria mesmo muito!
Para além disso, tem também o kicker caso o deck produza bastante mana e nesse caso tudo o que eu disse é a dobrar, e se tomarmos em conta que o broodmate dragon por 6 manas coloca 2 criaturas 4/4 com voar em jogo, o gigantiform com o kicker, custa 9 manas e “põe” duas criaturas 8/8 com atropelar em campo, o problema é só mesmo estarem sujeitas a ficar sem criatura para encantar, tanto antes como depois de entrar em jogo, mas para evitar isso joga-se apenas quando o adversário está virado ou então usam-se as seguintes criaturas:
Agora que o mote está lançado que comece a pancadaria verbal!
FIGHT!...”Get over here!”*Uppercut*”Help me!””Don’t make me laught””Muahaahaha”*Hammer*[…] Shao Kahn WINS! – Já ninguém se lembra de Mortal Kombat?
Filipe Barroqueiro
Alterado a 23-10-2009 0:29:37 por fbarok