Na última semana para o nacional voltámos aos reports, desta vez com o Nuno Miranda a dar o seu contributo. Esperamos ter mais previews ainda durante esta semana!>
Ora boas.
Para quem não me conhece sou o Nuno Miranda, lá de cima, Braga, e estou apurado por ranking (não, não foi por torneios fantasma).
Este é o meu segundo nacional, não é lá muita grande experiência ainda, mas como me pediram para fazer um preview, e honestamente preciso de todas as desculpas para não ter de estudar. Contudo aviso desde já, que o meu conhecimento do pessoal abaixo do douro é bastante limitado, logo é provável que fiquem alguns de fora.
Então vou começar com a minha opinião sobre 5 favoritos (Márcio e Chan não contam):
- Pedro Cavaleiro, ora bem, este é dos que joga bem, aliás, muito bem. Aposto que 5-1 será o seu resultado mínimo em limited, apenas perdendo numa ronda em que o oponente comprou Drana ao 5º turno, e depois ainda teve o cadáver imp para solucionar o Flame Slash que o Cavaleiro já tinha na mão. Quanto a construído, o único problema (aliás, o problema geral dele) é escolher o deck errado. Sisma com os decks bonitos todos shiny que compram cartas (leia-se cruel ultimatums e mindsprings) e depois enterra-se. Deixo aqui um apelo ao Cavaleiro para fazer top8 e deixar os decks bonitos.
- João Andrade – Este é o ano dele, os cemitérios andam on fire, ninguém joga com grave hate e depois ganha-se ptq’s e faz-se top8 em masters e assim. Bastante bom jogador, contudo, às vezes parece que lhe pára o cérebro e não consegue ver certas coisas, por isso mais concentração. A minha única duvida sobre se o Andrade faz top8 ou não é pela sua habilidade em draftar ROE. Tudo o que sei sobre ele em limited é que fez 2-4 no PT em draft, mas por outro lado ele estava lá. Por isso, acho que se ele chegar ao 3-3 a limited, deve chegar .
- Gonçalo Sequeira, aka GFSS, fez top4 no ultimo nacional, ganhou um ptq, por isso é um grande candidato ao top8 este ano também. O GFSS não é necessariamente um jogador excelente a nível técnico mas como é concentrado, e joga sempre com bons decks, decks sólidos, isso permite lhe prestações seguras e bons resultados. O grande problema dele, é limited. Não sabe draftar, ponto (vá pronto, ele está a melhorar, mesmo enquanto estou a escrever este artigo). O ano passado lá conseguiu lucksackar um 3-3, mas este ano a menos que encontre a “boa de t2”, vai ser preciso um pouco melhor.
- Tiago Fonseca, honestamente não o conheço muito bem, apenas de ter jogado um par de vezes contra ele e ter visto jogar outras vezes. Sei que é grande jogador, bastante equilibrado entre constructed e limited, indiscutivelmente um dos melhores do país, e acho que uma aposta segura na sua prestação nos natz.
- Frederico Bastos, não me admirava nada de ver o Bastos no top8, afinal experiência não lhe falta. O Bastos é daqueles jogadores a quem eu gosto de fazer a tradicional questão: “Tás de quê?”, isto porque acho que o Bastos tem abordagens ao metagame correctas, não digo que jogue sempre necessariamente com “o melhor deck” mas anda lá perto imo. Por isso, acho que vai jogar com um bom deck e de certeza que limited não será grande problema.
Isto faz com que sobre 1 slot. Existe uma grande quantidade de jogadores perfeitamente capazes de encher essa vaga, a título de exemplos, Mário Azevedo (o actual PPOTY), Sérgio Preto, Paulo Carvalho, Pirata, Mauro Peleira, João Cavaleiro, Daniel Moura, Filipe Constâncio, Narciso e por aí fora. AH!! E o Tigas obviamente, para o quer que seja, o Tigas é sempre favorito.
É claro que nos nacionais acontecem sempre surpresas no top8 e ainda bem que assim é. Eu acho que o nível de dificuldade dos nacionais deve estar um pouco mais alto que o ano passado isto devido a 2 factores:
- Inconsistência do meta: o metagame está a ser bastante influenciado pela disponibilidade de cartas, o ano passado a carta mais cara seria o cryptic command, que salvo erro estaria abaixo dos 20 euros, hoje em dia temos decks que levam 4 jaces e cada um está ao preço que se sabe. Isto obviamente condiciona o meta. Já para não falar da dominância de Jund, que é o melhor deck, blábláblá…
- Limited: eu penso que cada vez mais, a disparidade entre a skill de um jogador de topo e um jogador, não digo novato, mas que-se-qualificou-pela-1ª-vez-para-os-nacionais-com-grande-sorte, a nível de limited será cada vez mais encurtada. Em construído, é sempre possível um jogador “menos favorito” ganhar um outro “favorito” devido aos matchup’s e outros factores aleatórios.
Em limited, com a skill de draft, esses factores eram reduzidos a um mínimo e então era sempre grande a vantagem. Mas como estava a dizer, eu acredito que cada vez mais essa disparidade esteja a ser reduzida, e isto deve-se em grande peso ao mtgo, mas sobretudo, aos sites de artigos, com drafts realizados por jogadores mais experientes e a explicação de picks e assim, tal como acontece aqui no magictuga. Esta forma de disponibilidade de informação de forma gratuita e de fácil acesso, só não chega a quem não quer.
Bem é tudo o que tenho a dizer sobre os natz…
Boa sorte a todos os que vão jogar o LCQ e vemo-nos no Nacional.
|