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Utilizador | Resposta | flavioalves
De: Coimbra 9/24/2015 6:59:02 PM | "93/94 Oldschool" passa a ser parte dos MKM Series!
AVISO: se és um "Spike" este tópico não é para ti. Não há nada para ver. Continua o teu caminho na paz do senhor.
O comunicado (e introdução):
www.magiccardmarket.eu/MKMSeries/main.php?tag=25
Eu sei que a maioria do pessoal não tem grande interesse nisto (muitos nem eram nascidos quando Magic apareceu), e grande parte dos jogadores Portugueses tem o sonho de ser "Pro" por isso não quer saber de formatos que não sejam T2/Modern/Draft (boa sorte com isso pessoal ), mas pessoalmente fico bastante contente por este formato estar a receber reconhecimento ao nível internacional.
Eu que já acompanho ao longe o crescimento deste formato revivalista tanto na Europa como nos EUA, e tenho vindo a seguir o exponencial crescimento nos últimos tempos (com o surgimento e expansão de grupos dedicados ao formato em Itália, França, Alemanha, Russia, Noruega, Dinamarca, etc...) fui, ainda assim, apanhado de surpresa por esta noticia.
Gostaria de imaginar que à medida que as noticias e a popularidade do formato vão crescendo alguns tugas tenham vontade de se juntar ao movimento e queiram jogar com algumas das cartas míticas do jogo.
Só alguns pontos:
- Sim, este formato não é para todos. É só para quem está disposto a dedicar esforço para ter as cartas e a fazer sacrifícios de outros luxos em prol do objectivo.
- Não, este não é um formato só para velhos jogadores que já tinham as cartas guardadas há muitos anos. A maior parte dos jogadores com quem tive contacto entrou no formato do zero ou quase isso. Claro que alguns eram jogadores de Vintage e já tinham algumas coisas, mas não são de longe a maioria.
- "Isto é um formato estupido! Se não for rico, não posso jogar isto!"... errado. O factor financeiro é importante até certo ponto (ou melhor, a partir de certo ponto), mas isto não é um formato para cotas ricos entediados que querem uma desculpa para meter nojo aos pobres.
Nem todos têm ou sequer precisam de ter Power9 e Duals para jogar! Jogar com o que se tem e construir a partir daí é a base do formato. Vai demorar tempo (não vão poder chegar a uma loja e dizer "eu quero o que está nesta lista", sentarem-se e jogar, como alguns fazem em T2 ou Modern).
- Como já disse, vai quase de certeza exigir que abdiquem de outros luxos. Fazer um deck para este formato é uma maratona, não um sprint. Eu estou a trabalhar no meu há 11 meses com fundos muito limitados de quem tem renda, contas fixas para pagar e uma vida em geral. Mas estou a conseguir e não tive que vender um rim. Há vários meses que tenho o suficiente para fazer um deck e estou a trabalhar calma e ponderadamente para arranjar o que falta para o melhorar. Se eu consigo (não vou falar aqui em valores por razões obvias, mas garanto que estou a falar a sério quando digo "fundos muito limitados") então TU também consegues.
- "Para quê gastar dinheiro nisto se depois não posso jogar com ninguem?"...
Esta é uma questão muito válida. Eu também a coloquei a mim mesmo. Mas se todos tivessem feito isto com EDH hoje não existia Commander. Alguém tem que começar as coisas. Isto não é para quem quer ser muito competitivo, é para quem tem gosto em ter as cartas. Isto não é um formato para os "Spikes". Esses podem continuar a jogar Standard e Modern e a serem felizes com isso.
Pelo menos as cartas nunca vão desvalorizar! (Pelo contrário, só estão a ganhar valor com o passar do tempo)
Eu podia dizer muito mais, mas isto já vai longo.
Quem estiver interessado em saber mais pode mandar-me pm, que na medida do possivel eu vou tentar ajudar.
Fica também aqui o link para o blog dos "criadores" Suecos. Está lá (obviamente) muita informação, e mais links para outros sites.
oldschool-mtg.blogspot.se/p/historik.html
Bons jogos e deixem aí as vossas opiniões, questões e observações sobre isto, ou previsões para o campeonato de futebol (o que vos apetecer, basicamente) nos comentários.
Alterado a 9/24/2015 7:01:52 PM por flavioalves | flavioalves
De: Coimbra 11/1/2015 5:56:03 PM | ya
Neste momento eu desviei-me um bocado da versão sueca do formato. É interessante, mas é demasiado elitista para o meu gosto. Entendo a ideia, é muito fixe... mas é demasiado cara para chamar jogadores em Portugal com regras tão restritivas.
Agora resolvi seguir uma versão mais "underground" ao estilo Americano que inclui cartas de Fbb (Alemão, Francês e Italiano), Revised, Chronicles, Rinascimento, The Dark e Legends em Italiano.
Como comecei no final de 1996 vi muito mais Fbb e Rinascimento do que Beta e Arabian Nights, logo continua a ser bastante pimp e oldschool para mim. Para além de ser muito mais acessível tendo em conta as subidas bruscas dos preços das cartas do formato.
Estou com esperança de conseguir atrair alguns jogadores para o formato e acho que aceitar estes sets mais acessíveis pode ajudar.
Já apareceram tantos novos jogadores pelo resto da europa neste ultimo ano, que talvez se espalhe um bocadinho por aqui
Alterado a 11/1/2015 6:00:51 PM por flavioalves | TAbril
De: Barreiro 10/29/2015 9:19:29 PM | ...
Eu adorei o ideia, mas como o Pedro disse, "o sueco pobre é bem diferente do tuga pobre".
Antes, durante e no presente, independentemente de me ter dedicado mais a um ou a outro formato "de loja" ao longo do tempo, o grupo de pessoal que resiste a abandonar o jogo e com quem ainda jogo nos "cafézinhos de fim-de-semana", criou um formato com uma ideia similar, mas mais adaptado à nossa realidade ((1) altura em que iniciámos no mtg (1995/6); (2) preços das cartas).
Decks "normais" (60 cartas, com 15 de side), as cartas aceites iniciam na 4th Edition (ou seja, inicia com o bloco de Ice Age) e terminam em Scourge (sendo a 7th Edition a ultima das edições básicas).
Dá para fazer uma meta porreirinha e diversificada (desde aggro a controlo, com muitas opções de combo pelo meio) e com baralhos muito acessíveis.
Pessoalmente este formato é bem mais giro que legacy ou modern. Lá está, uma pessoa que tenha iniciado no mtg no cu de 2003, com a entrada de Mirrodin, pode gostar mais da ideia de Modern... Este tipo de formatos depende muito da época em que o jogador sentiu maior nostalgia a jogar.
Cumps Alterado a 10/30/2015 10:24:20 PM por TAbril | flavioalves
De: Coimbra 10/19/2015 12:43:29 AM | IE/CE
Pessoalmente até prefiro as regras que a maior parte do pessoal utiliza nos EUA. Principalmente o facto de permitirem International/Collector’s Edition (que permite cartas de Beta como power9 a custo mais razoável), Revised, Fallen Empires, Legends e The Dark em Italiano, e Chronicles.
Acho que é o que melhor representa o formato sendo completamente Old School, mas sem levar o factor elitista a um ponto em que exclui demasiadas pessoas do formato.
Gostava bastante que fosse possivel criar uma comunidade em Portugal usando estas "regras" mais inclusivas. One can dream. | flavioalves
De: Coimbra 9/28/2015 3:39:52 PM | re
Definitivamente sim.
Já se nota em muitas cartas.
Os Juzams já custam em média mais 100€ que há um ano atrás, as Serendib Efreet de Arabians subiram para o dobro, os Glooms de Alpha e Beta duplicaram o preço (os NM-MT quase triplicaram), os Counterspells de Unlimited estão no dobro e os Discos de Nevinyrral e as Jayemdaye Tome de Unlimited estão a 10x o preço (e com cerca de 60 menos de oferta) de há 6-8 meses atrás.
As cartas que já eram habituais de vintage não flutuaram muito no preço, como é normal desde sempre. Vão sempre subindo um bocadinho a cada ano que passa e nunca descem.
Mas as outras staples do formato estão a subir que nem loucas porque a procura está a aumentar exponencialmente (também graças a especulação, obviamente). Há, literalmente, centenas de jogadores novos à procura destas cartas, revendedores a tentar construir stocks, e a oferta é obviamente muito limitada.
| pedrobronze
De: Senhora da Hora 9/28/2015 3:05:59 PM | -
O sueco pobre é bem diferente do tuga pobre! Este formato é bem mais caro que vintage. E cá nem vintage se joga (mesmo legacy tem um número limitado de jogadores habituais). Mas mesmo assim consigo perceber que pode ser aliciante arranjar as cartas para um deck. Para além de caro, não é nada fácil de arranjá-las. Leva muito tempo!
E já agora, será que este formato pode originar alguma especulação e subir o preço de cartas que já será alto e não teria nenhuma outra razão para subir? | flavioalves
De: Coimbra 9/25/2015 7:52:04 PM | Como me disse...
Como me disse um desses jogadores Suecos (Christoffer Andersson aka Stalin) quando eu tive essa conversa com ele:
"93/94 is a casual format, if you want to play it in another way somewhere else, its all OK and fine, but I talk from a swedish context. We manage to have 58 man tournaments with this extreme level of elitism. So, if you run it another way at another place, its all fine and well, but I will never throw tournaments with the aim to include people who are not prepared to put down time and money into the format.
I also speak from a position being poor, and have been so for 8 years now (got to love studies). I prioritize magic, and what I hear when people talk about making 93/94 cheaper is people not being prepared to makes the same priority as me still feeling that they are entitled to play the same cards that I do. You do/have other things that I don’t have since you prioritize other things.
My collection has been built over years, and tbh, even poor people can build their collection slowly, over time" | flavioalves
De: Coimbra 9/25/2015 7:48:23 PM | revised
A maior parte dos torneios em Itália e alguns nos EUA permitem Revised. Mas a grande maioria acha que já é demais.
Apesar de ser de 94 já foi produzido em massa (a mesma razão para quase ninguém permitir Fallen Empires), é só reprints de cartas que já estão no formato e em geral o aspecto das cartas de Revised não é bem visto (como já não era desde que saiu, francamente).
Seria apenas uma manobra para tornar o acesso mais fácil e barato para todos, mas isso também não é o objectivo do pessoal que criou o formato.
A maior parte dos jogadores "originais" não quer mesmo que todos possam jogar o formato, porque isso ia abrir as portas para os jogadores ultra-competitivos que não iam respeitar as raízes casuais e de puro convívio e colecionismo do formato. Apenas querem os verdadeiros fãs.
Para reprints já permitem Unlimited, e mesmo assim há alguns mais hardcore que preferiam que Unlimited não fosse permitido por ser apenas e precisamente uma edição de reprints. Mas até esses concordam que, por muito que gostassem disso, já ía ser mau demais para o pessoal que entretanto comprou cartas de Unlimited especialmente para jogar o formato, por isso preferem deixar como está.
Mas são os primeiros a dizer que é um formato casual e ninguem é dono dele! Por isso se um grupo local quer permitir outras edições ou jogar com outras regras, então deve fazer o que é melhor para esses jogadores. | pedrobronze
De: Senhora da Hora 9/25/2015 6:53:35 PM | re
Para além de legends it acho que tb deviam permitir revised (acho que é de 94 e tem as duals). | flavioalves
De: Coimbra 9/25/2015 12:56:24 PM | reprints e power
Eu pessoalmente não tenho nada contra a ideia de Legends e The Dark em italiano serem permitidas, porque não os considero reprints. Em Itália a versão italiana chegou antes da versão em inglês (pelo menos na maior parte de Itália).
É a mesma razão para eu aceitar a ideia de incluir FBB. Quando eu comecei a jogar era rarissimo encontrar cartas de Alpha ou Beta (Unlimited já se via mais um bocadinho), por isso o que eu considerava "oldschool pimp" nessa altura era 4ª borda negra, ou (se os astros estivessem alinhados) uma ou outra carta de Fbb em Alemão. Assim como os Italianos, os Franceses e os Alemães viam FBB, visto que era dificílimo meter as mãos em cartas de Beta (a internet não era a mesma coisa! Afinal de contas, a maior parte dos computadores ainda andava a MS-DOS! )
Já em relação às power9, é obvio que secretamente todos gostavam de as ter. Mas não são necessárias para jogar.
2.bp.blogspot.com/-VJ1rPBh-svM/UoPof_X_2QI/AAAAAAAAA0U/xZNsn0rLv2U/s1600/bild.JPG
Este White Weenie ganhou, pelo menos, 2 torneios na Suécia, sem qualquer power9 (apesar do jogador as ter), é considerado um dos melhores decks do formato, e com Unlimited fica tão barato de fazer como qualquer deck dos mais baratos de Standard (com a diferença que este é mesmo bom no formato).
Alterado a 9/25/2015 1:01:31 PM por flavioalves Alterado a 9/28/2015 10:35:54 PM por milton18 | pedrobronze
De: Senhora da Hora 9/25/2015 12:13:39 AM | mmm
Adoro o formato. Em teoria, claro, porque nunca experimentei.
Sou colecionador à largos anos mas não está nos meus horizontes arranjar uma P9 ou coisa parecida, mas concordo que dá para explorar vários decks, como em todos os formatos.
Tal como todos (ou quase todos) os colecionadores antigos, prefiro as cartas na sua versão original, ou seja, do primeiro set em que saiu. E, no meu caso, em inglês. No entanto acho mal (péssimo, até) não serem permitidos reprints neste formato nem cartas de Legends em IT, por exemplo! Eu, como colecionador, posso não querer ter reprints. Agora um formato não o aceitar, não acho bem.
De qualquer modo, sendo que se valoriza a paciência, esforço e dedicação mais do que os skills, tudo bem. É uma cena diferente.
Mas está aqui um bom tema para discussão! |
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