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Não querendo ser pretensioso, orgulho-me bastante de me ter iniciado no MTG nos tempos de 5ª edição e Weatherlight, tendo portanto vivido plenamente as expansões de Tempest e Urza’s Saga, referidas aqui por serem das melhores que vi.

Eram tempos engraçados, os do início. Com decks feitos com as cartas que saíam nos raros boosters que se compravam e com as várias cartas com que nos aliciavam em troca de uma bomba da qual não tínhamos a noção. Falo no plural porque tinha vários amigos que também jogavam. Entretanto a vida mudou e julgo ser o único sobrevivente.

Como é natural, levei muita tareia, joguei contra Maros, Necros, Prosperous Bloom (dos melhores!), etc. Lembro-me de ser permitido o uso da duals originais após a rotação de Revised julgo que de extended. Foi uma formação bastante interessante.

Deixei de jogar depois de Mercadian Masques, após um 2.º lugar no pré release (perdi o último jogo para o Leopoldo, alguém se lembra dele?). Não foi frustração, mas sim desinteresse. Perdi sets como Apocalypse, Odyssey e Onslaught. Retomei no final de Scourge, bem a tempo do pré-release de Mirrodin. Mas agora era diferente. Havia net e muitas mais cartas. Vi as boas cartas que tinha (Living Death, Vampiric Tutor) e tentei reutilizá-las. Passei a investir e a jogar com Rock. Antes jogava de mono red (cheio de ball lightning e raios) e mono black (com bad moon, duress…) e agora, aproveitando as novas painlands de Apocalypse, passava a jogar com 2 cores. Diga-se de passagem que era um dos decks mais temidos da altura e com o qual dava bastante gozo jogar.

Entretanto fui estagiar para Barcelona durante um ano e, claro, levei as cartas. Por sorte morava a uns 10 minutos do clube local (podem ir ao site da perracomics) – outra formação! Lá o pessoal joga T1 na boa. Lembro-me de espancar um TPS de legacy com Tendrils of Despair só com Cabal Therapy (o meu Rock era extended). Depois joguei contra uma mesma versão TPS mas T1 – moxes e black Lotus, etc. Perdi sempre ao 1º turno, mas pela primeira vez via uma Black Lotus em jogo!

Ainda entrei num torneio de extended e vi que o pessoal respeitava bastante o Rock. Não me sai mal, mas nem em 2.º fiquei.

Voltando para Portugal em pleno ciclo de Kamigawa, o interesse voltou a descer… Novas mudanças de vida, de cidade, de estado civil, etc, fizeram com que o tempo escasseasse para o MTG. Mas digo-vos uma coisa, quando posso jogar gozo cada momento.

Actualmente continuo a jogar de Rock com Garruk etc (tentei um 5c zoo no PTQ e perdi sempre…) e a investir em Legacy – estar em Espanha deu-me a volta à cabeça! Tenho algumas duals, as 4 FOW, 4 Sinkhole e estou a tentar fazer um Rock de legacy.

No fundo, este artigo, apesar de muito pessoal, serve para reflectir sobre o que foi o MTG e o que é agora e fazer uma comparação. É verdade que me dava bastante gozo jogar quando tinha 15/16 anos. Mas ainda assim havia muita “inocência” ou pouca informação. Agora isso tudo foi ultrapassado, mas o dinheiro investido é uma coisa de doidos. Globalmente talvez fosse mais engraçado antigamente, mas agora é competitivo. O gozo de jogar é igual!

Aproveito também para tentar reunir pessoal que jogue legacy aqui no fórum. Sei que é difícil fazer essa reunião fisicamente (pela minha pouca disponibilidade – nem todas as semanas jogo!), mas pronunciem-se aqui. Pode ser que assim surjam mais torneios!

Abraços a todos e obrigado por lerem
Pedro

Alterado a 25-05-2009 23:45:09 por asylum